O sujeito vivia reclamando. Queixava-se por não ser feliz. Certo fim de ano, tomou uma decisão. Fechou sua humilde morada e seguiu mundo afora, à procura da tal felicidade. Percorreu muitos caminhos. Não queria descansar até encontrar um lugar para ser feliz. De cidade em cidade, de emprego a emprego, anos a fio. Porém, certo domingo, sentado na igreja, percebeu que estava ficando velho. Os seus olhos estavam ficando fracos, suas mãos mais enrijecidas. Enfim, as pernas cansadas não lhe ajudavam mais na busca. Seguiu adiante ainda naquela semana. Até que, parou em frente de uma casa abandonada, tomando ali uma decisão definitiva: Não aguento mais! Nos meus últimos dias, vou ser feliz aqui mesmo. O mato estava cobrindo tudo em volta. Devagar foi entrando, abrindo espaço entre as teias de aranha, batendo o pó acumulado. À medida que dava seus passos, ia sonhando com a “nova” morada. Vou plantar flores, pintar, arrumar isso, fazer aquilo... Vou ser feliz! De repente ao abrir a janela da sala, deixando a luz do sol entrar, deparou-se com uma foto na parede. Era sua própria foto, quando menino. De tantas voltas, acabou retornando à sua própria casa. Por fim, depois de tantas buscas, decidiu ser feliz em seu próprio lar. “Não estou dizendo isso porque esteja necessitado, pois aprendi a adaptar-me a toda e qualquer circunstância. Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade. Tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4.11-13).