Durante a guerra, uma pequena cidade europeia foi bombardeada. O dono do armarinho chorava pela loja em ruínas. Ao vê-lo assim tão triste, uma velhinha comentou: Que tristeza, Alfredo! Mas, nem tudo está perdido. Observei que, entre os escombros, há muitos novelos de lã ainda intactos. Se me permitir, vou juntar um grupo de amigas. Com as lãs resgatadas, podemos fabricar gorros, meias e cachecóis para os feridos do hospital. Sem saber direito o que fazer, ele mesmo ajudou a velhinha na coleta dos produtos, que foram carregados para um porão abandonado. Naquele fundo, um grupo confeccionou várias peças de lã. Assim que concluíram, de imediato Alfredo levou a primeira remessa ao seu destino, que após pedir licença, adentrou o hospital para a distribuição dos agasalhos. Os doentes e feridos sorriram de felicidade, pois o frio era intenso. Muitos estavam descalços, sem mesmo ter um cobertor. Na distribuição, ele se deparou com uma menina cujo rosto estava enfaixado. Ela começou a rir intensamente. Ainda sem entender direito a reação da pequena menina, Alfredo comentou: O que houve? Um simples par de meias lhe causa tanta emoção? Não são as meias. É a sua presença, “vô”! Achei que somente eu tinha restado de nossa família após o bombardeio. Pela graça de Deus, agora estamos juntos. Assim diz o Salmista: “Bem-aventurado é aquele que atende ao pobre. Será abençoado. Deus o sustentará no leito da enfermidade” (Salmos 41.1-3).