Abraçar uma criança recém nascida é uma das coisas mais emocionantes que conheço. Abraçar e receber abraços de crianças pequenas é um dos gestos mais cativantes e puros. Na medida em que crescem surge a vergonha e a malícia o que lamento profundamente, pois nenhum ser humano pode dispensar um abraço dado e recebido.
Assim são as novidades em nossa vida. Quando ouvimos pela primeira vez nos emocionamos e na medida em que o tempo passa vamos nos tornando céticos por aquilo que outros dizem, na maioria das vezes sem qualquer conhecimento de causa. O que seria muito bom deixamos de experimentar e vivenciar.
O nosso Sínodo, e também toda a IECLB, vive um tempo diferente, em que todos nós somos desafiados a viver a fé em sua total plenitude. Isto é, a partir do evangelho que nos liberta das amarras das leis que apenas colocam limites e impedimentos. O evangelho quer nos abraçar e nos abraça na plenitude do amor. Esse amor nos liberta para olharmos as necessidades pessoais, do próximo e da própria Igreja, nos dando as condições de também sermos doadores. Aceitar esse tempo diferente é a novidade que emociona e desafia a nos tornarmos contribuintes voluntários, sobrepondo egoísmos e costumes, nos libertando para abraço que unem e edificam comunidades vivas onde cresce a palavra de Deus e se multiplica o número de discípulos (At 6.7).
Pastor Raul Wagner, Blumenau(SC)