Lema da semana: Jesus Cristo diz: Não os deixarei órfãos, voltarei para vocês (João 14.18).
Após um de seus discursos de despedida, através do qual Jesus preparava os seus discípulos para a sua morte, ele deixou esta promessa: “não os deixarei órfãos, voltarei para vocês”. Que palavras consoladoras! É como se dissesse: “Estou indo, mas logo voltarei. Aguardem”. Ele estava se referindo à sua ressurreição e à sua nova forma de estar presente, qual seja: através do Espírito Santo.
Voltemos ao contexto em que essas palavras consoladoras foram ditas. Antes delas pairava um ar de tristeza, de angústia, de sofrimento. O discurso de despedida de Jesus impactou profundamente os seus discípulos. Eles tiveram dificuldades em digerir o que o Mestre estava dizendo. Afinal, falar em morte e em rompimentos que se dão através dela seguem sendo grandes desafios também hoje. Não gostamos de falar de nossa morte e muito menos de pensar nas despedidas que teremos que fazer, de familiares especialmente.
Depois de um tempo de tanta proximidade, cheio de vida e de vínculos, carregado de cumplicidade e de afetos, se aproximava um tempo de despedida entre Jesus e os seus discípulos. Entrementes, Jesus anunciara que eles não ficariam desconsolados, órfãos, sem apoio. Ele anunciara que depois da sua morte chegaria a sua ressurreição e prometera que estaria presente de uma nova forma através do Espírito Santo, o Consolador.
Fico aqui pensando nas tantas despedidas diárias que envolvem pais, mães, filhos, filhas etc. Quão difícil é encarar a morte. Como ela nos impacta e nos desinstala. E, ao mesmo tempo, como é consolador poder confiar na promessa de Jesus de que não estamos sós, órfãos e desconsolados nestas horas. Ele segue nos sustentando e fortalecendo; como é consolador saber que em seu santo amor sempre podemos nos abrigar, mesmo em ânsia e dor. Louvado seja Deus por isso: que nos socorre e nos ampara em nossas despedidas e angústias.
Neste domingo celebramos o “Domingo Exaudi”, que significa: “Ouve, Senhor, a minha voz. Não me deixe sozinho, órfão, sem consolo. Não escondas de mim o teu rosto”. É um domingo que marca um tempo de espera com a expectativa fundada na promessa do Cristo vitorioso e glorificado. A promessa do Consolador e Guia ainda irá se realizar no domingo que vem com a celebração de Pentecostes, a festa da vinda do Espírito Santo sobre os seus discípulos e o início da igreja cristã. Enquanto aguardamos o próximo domingo, coloquemos em nossas orações todas as pessoas órfãs, desamparadas, solitárias, enlutadas, para que o Espírito Santo esteja consolando-as. E que Deus nos ajude a percebermos que a promessa de Cristo se cumpre constantemente e se dá na pregação da Palavra (Culto) e nos Sacramentos (Batismo e Ceia). Louvado seja Deus que não deixa sós, que nos consola na vida e na morte. Amém.
Vice Pastor Sinodal Alberi Neumann
Leia o boletim sinodal na íntegra: https://preview.mailerlite.io/preview/426967/emails/88516025008522288