“Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica só; mas, se morrer, produz muito fruto.” (João 12.24)
Sucesso – quem não o quer? Sim, todas as pessoas buscam o sucesso e não é pouco o empenho para conquistá-lo. Cada pessoa precisa de experiências de sucesso e é difícil sobreviver sem elas. Isso já começa com as crianças. Elas querem subir. “Eu o alcancei!” Eu quero ser o mais bonito, o maior, o melhor. Como é grande a alegria quando jovens passam pelo vestibular e entram na universidade. A satisfação ainda é maior quando um emprego já está garantido por ocasião da formatura. Quando se trata da promoção ou transação de um bom negócio, nós precisamos as experiências de sucesso. Elas não fazem parte de nossa autoconfirmação? Elas não são necessárias? Em todos os sucessos, os grandes e os pequenos, é importante ver como foram alcançados. Foram meios íntegros ou ilícitos? Houve “puxada de tapete” ou foram usados os cotovelos? O sucesso foi alcançado às custas dos outros e em alguma vantagem outros tiveram prejuízos? Estas idéias não podem ficar desapercebidas nos balanços das experiências de sucesso.
Jesus fala para pessoas que querem transformá-lo em um homem de sucesso por causa de milagres e curas. Elas querem conhecer o rei do sucesso. Jesus, no entanto, não busca o sucesso. Ele busca fruto. Fruto que permanece. Fruto que é ajuda, orientação e salvação para os outros. Além disso, fruto precisa primeiramente crescer. Ele não está aí repentinamente. Pode demorar bastante até que um fruto amadurece e seja comestível.
A imagem do grão de trigo, que Jesus usa, nos mostra que sem morte não é possível que um fruto cresça. Por isso Jesus não segue o conselho de Pedro de se poupar, de se colocar em segurança e não arriscar a sua vida.
O grão de trigo, que quer trazer fruto, não pode se guardar e se preservar. Ele precisa morrer, isto é, ele precisa entregar toda a sua força para que possa surgir uma nova planta que pode trazer novos grãos em suas espigas. O grão não pode se conservar e não entregar nada de si mesmo. Em outras palavras: É necessário ir pelo mundo afora, assumir responsabilidades e não fugir das dificuldades que estão no caminho. Quem quer que outros tirem o ferro quente do fogo, esse tal não corre o perigo de se queimar as mãos. Como poderá ajudar outros que esperam por sua ajuda?
Há muitos homens e muitas mulheres na história que seguiram pelo caminho de Jesus. Entregaram sua vida para ajudar os outros a encontrar salvação. Sua entrega ( para muitos foi um sacrifício) foi cheia de bênçãos para muitas pessoas.
O grão de trigo é pequeno, quase imperceptível, e mesmo assim ele tem, surpreendentemente, muita força para encher as espigas de grãos. É certo que a espiga não alimenta o mundo todo, mas ela faz a sua parte. Com a força que ela possui, está aí para os outros e assim pode ajudar. O grão colocado na terra não pergunta sobre o que vai resultar ou se vale à pena o “desperdício de energia”. O seu risco é total e traz vida.
P. em Wilhelm Waldmann
São Paulo – SP
