Certa vez um “bocadinho” de argila ficou contente quando uma pá o tirou do seu lugar de costume. Depois de passar pela olaria, ele virou um tijolo e foi assentado na construção de uma igreja. Agora sim! Disse ele. Encontrei o sentido da minha vida. Sou o barro mais feliz do mundo, pois faço parte de uma igreja nova. Na mesma época, outro “bocadinho” simplesmente foi ensacado. Na aula de artes daquela escola de bairro, as crianças manusearam a argila, criando muitos animais e outros tantos objetos. A princípio, aquela segunda porção questionou: Quem ousa tirar-me de casa, colocando-me nas mãos destes pequenos? Todavia, logo em seguida, percebendo o sorriso das crianças, afirmou: Que bom! Sou feliz, pois agora Deus está me usando. São dois “bocadinhos” que tiveram destinos diferentes. Contudo, não podemos esquecer ou deixar de lado outros tantos “bocadinhos” que ficaram no barreiro. Como de costume, volta e meia, aparecia o agricultor, que revirando a terra, plantava uma roça de aipim. Muitas famílias usufruíam daquele alimento, até mesmo os integrantes da nova igreja e as crianças em idade escolar. Quem detém a verdade? Onde está a porção mais feliz: O tijolo na igreja, o brinquedo na mão das crianças ou o aquele que favoreceu o alimento na mesa? “Meu Deus é, tanto o Oleiro, como o Agricultor” (Isaías 64.7 e João 15.1).