Sonhos de Advento

Meditação

07/12/2007


2ª Semana de Advento: 09 - 15 de Dezembro
TRÊS ÁRVORES SONHAM

Era uma vez, no cume de uma montanha, três pequenas árvores amigas que sonhavam grande sobre o que o futuro proporcionaria para elas.

A primeira arvorezinha olhou para as estrelas e disse: Eu quero guardar tesouros. Quero estar repleta de ouro e ser cheia de pedras preciosas. Eu serei o baú de tesouros, mas formoso do mundo.

A segunda arvorezinha observou um pequeno arroio em seu caminho por volta do mar e disse: Eu quero viajar através de mares imensos e levar a reis poderosos sobre mi. Eu serei o navio mas importante do mundo. A terceira arvorezinha olhou para o vale e viu homens curvados de tantos infortúnios, fruto de seus pecados e disse: Eu não quero jamais deixar o topo da montanha. Quero crescer tão alto que quando as pessoas do povoado se detenha para me olhar, levantarão seu olhar ao céu e pensarão em Deus. Eu serei a árvore, mas alta do mundo.Os anos passaram. Choveu, brilhou o sol e as pequenas árvores se converteram em majestosos cedros. Um dia, três lenhadores subiram ao cume da montanha. O primeiro lenhador olhou à primeira árvore e disse: Que árvore tão formosa!, E com o arremesso de seu brilhante machado a primeira árvore caiu. Agora me deverão converter em um baú formoso, vou conter tesouros maravilhosos, disse a primeira árvore.

Outro lenhador olhou a segunda árvore e disse: Esta árvore é muito forte, é perfeita para mim!. E com o arremesso de seu brilhante machado, a segunda árvore caiu. Agora deverei navegar mares imensos, pensou a segunda árvore, Deverei ser o navio, mas importante para os reis, mas capitalistas da terra.

A terceira árvore sentiu seu coração afundar-se de pena quando o último lenhador se fixou nela. A árvore se parou direito e alto, apontando ao céu. Mas o lenhador nem sequer olhou para cima, e disse: Qualquer árvore me servirá para o que procuro!. E com o arremesso de seu brilhante machado, a terceira árvore caiu.

A primeira árvore se emocionou quando o lenhador a levou a oficina, mas logo veio a tristeza. O carpinteiro o converteu em um mero cocho para alimentar animais. Aquela árvore formosa não foi preenchida com ouro, nem conteve pedras preciosas. Foi apenas usada para pôr o pasto.

A segunda árvore sorriu quando o lenhador o levou perto de um estaleiro. Mas não estava junto ao mar mas sim a um lago. Não haviam por ali reis a não ser pobres pescadores. Em lugar de converter-se no grande navio de seus sonhos, fizeram dela uma simples barcaça de pesca, muito pequena e débil para navegar no oceano. Ali ficou no lago com os pobres pescadores que nada de importância têm para a história.

Passou o tempo. Uma noite, brilhou sobre a primeira árvore a luz de uma estrela dourada. Uma jovem pôs a seu filho recém-nascido naquele humilde presépio. Eu queria lhe haver construído um formoso berço, disse-lhe seu marido... A mãe lhe apertou a mão e sorriu enquanto a luz da estrela iluminava o menino que agradavelmente dormia sobre a palha e a rudimentar madeira do presépio. O presépio é formoso disse ela e, de repente, a primeira árvore compreendeu que continha o maior tesouro do universo.

Passaram os anos e uma tarde, um gentil mestre de um povo vizinho subiu com uns poucos seguidores a bordo do velho barco de pesca. O mestre, esgotado, ficou dormindo enquanto a segunda árvore navegava tranqüilamente sobre o lago. De repente, uma impressionante e aterradora tormenta se abateu sobre eles. A segunda árvore se encheu de temor, pois as ondas eram muito fortes para o pobre barco em que se converteu. Apesar de seus melhores esforços, faltavam-lhe as forças para levar a seus tripulantes seguros à borda. Naufragava!. Que grande pena, pois não servia nem para um lago!. Sentia-se um verdadeiro fracasso. Assim pensava quando o mestre, sereno, levanta-se e, elevando sua mão deu uma ordem: calma. Imediatamente, a tormenta lhe obedeceu e deu lugar a um remanso de paz. De repente a segunda árvore, convertida no barco de Pedro, soube que levava a bordo o rei do céu, terra e mares.

A terceira árvore foi convertida em lenhos e por muitos anos foram esquecidos como escombros em um escuro armazém militar. Que triste jazia naquela penúria inútil, que longe parecia seu sonho de juventude! De repente uma sexta-feira na manhã, alguns homens violentos tomaram bruscamente esses madeiros. A terceira árvore se horrorizou ao ser forçada sobre as costas de um inocente que tinha sido golpeado sem misericórdia.

Aquele pobre réu o carregou, doloroso, pelas ruas ante o olhar de todos. Ao fim chegaram a uma colina fora da cidade e ali lhe cravaram mãos e pés. Fico pendurado sobre os madeiros da terceira árvore e, sem queixar-se, apenas orava a seu Pai enquanto seu sangue se derramava sobre os madeiros. A terceira árvore se sentiu envergonhado, pois não só se sentia uma fracassada, sentia-se além cúmplice daquele crime. Sentia-se tão vil como aqueles blasfemos diante da vítima elevada. Mas no domingo na manhã, quando ao brilhar o sol, a terra se estremeceu sob suas madeiras, a terceira árvore compreendeu que algo muito maior havia ocorrido. De repente tudo tinha mudado.

Seus lenhos banhados em sangue agora refulgiam como o sol. Encheu-se de felicidade e soube que era a árvore, mas valiosa que tinha existido ou existirá jamais, pois aquele homem era o rei de reis e se valeu dela para salvar o mundo! A cruz era trono de glória para o rei vitorioso. Cada vez que as pessoas pensem nele recordarão que a vida tem sentido, que são amadas, que o amor triunfa sobre o mal. Por todo mundo e por todos os tempos milhares de árvores o imitarão, convertendo-se em cruzes que pendurarão no lugar, mas digno das Igrejas e lares. Assim todos pensarão no amor de Deus e, de uma maneira misteriosa, chegou a tornar-se realidade seu sonho. A terceira árvore se converteu no, mas alto do mundo, e ao olhá-lo todos pensarão em Deus.
(Autor desconhecido)

Sugestão de Leituras: Salmo 22, João 1. 1-28


Autor(a): Paróquia Evangélica do Araguaia
Âmbito: IECLB / Sinodo: Mato Grosso / Paróquia: Araguaia (Jataí-GO)
Área: Celebração / Nível: Celebração - Ano Eclesiástico / Subnível: Celebração - Ano Eclesiástico - Ciclo do Natal
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 8432
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