Somos todos cidadãos

01/12/1999

Somos todos cidadãos

Uma nação se levanta quando seus habitantes confiam nela. Para essa confiança ser uma realidade concreta, é importante a consciência de igualdade fundamental entre as pessoas. Ora, o neoliberalismo tem tido uma força destruidora em relação a tal consciência, pela simples razão de que é excludente. Ele exclui da realidade atual mais totalizante que é o mercado. Além do mais, ele vem sobrepor-se a uma cultura ancestral em nosso país de que existem dois tipos de brasileiros: os superiores e os inferiores. Um fato horrendo — que visibilizou tal consciência —, foi o assassínio do índio Galdino por alguns jovens ricos de Brasília. Eles eram os superiores que podiam fazer a horrorosa brincadeira de queimar um mendigo, ele sim, inferior. Essa é nossa experiência diária em todos os setores. Nós mesmos, ora somos situados entre os superiores, ora entre os inferiores, conforme o caso. Nunca, porém, em nível de igualdade fundamental, de respeito à pessoa por ser pessoa, independente de título, raça, sexo, escolaridade, religião, etc. Só uma sociedade em que nos sentimos todos iguais coloca-se com seriedade a questão do emprego. Emprego é direito de todos, e não simplesmente dos polivalentes, dos mais competentes, dos mais letrados, dos privilegiados.


João Batista Libâneo (Extraído da Revista Vida Pastoral, Paulus, 01/02/ de 1999)


 

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Autor(a): João Batista Libâneo
Âmbito: IECLB
Título da publicação: Anuário Evangélico - 2000 / Editora: Editora Sinodal / Ano: 1999
Natureza do Texto: Artigo
ID: 33094
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