Roma (RV) – “Sinais de perdão – Caminhos de conversão – Prática de penitência: uma Reforma que interpela a todos”. Este é o título do Simpósio Internacional e Interconfessional que teve início na tarde desta quinta-feira, 4, no Pontifício Ateneu Santo Anselmo, em Roma, em preparação aos 500 anos da reforma Protestante a ser celebrado em 2017.
O encontro foi aberto pela Embaixadora do Ano Luterano da Igreja Evangélica da Alemanha, Margot Kässmann, que ilustrou aos participantes os conteúdos e os eventos mais importantes previstos para o ano comemorativo. O Simpósio se concluirá na sexta-feira e as conclusões serão entregues ao Presidente do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, cardeal Kurt Koch.
“O objetivo do Simpósio – explicou à Agência Sir, Padre James Puglisi, Diretor do Centro Ecumênico Pro Unione – é fazer algo em preparação aos 500 anos da Reforma de Lutero, e escolhemos partir do ponto de vista da teologia sacramental, tomando como referência o tema do perdão, da conversão e da penitência. Um tema – explica – que “nos interpela a todos”.
Padre Puglisi recorda que desde 1967, portanto há 50 anos, que católicos e luteranos estão empenhados em um intenso diálogo teológico que deu frutos importantes que “evidenciaram as coisas que temos em comum e aquilo que permanece ainda a ser feito”. Em particular, o teólogo recorda a Declaração conjunta sobre a Doutrina da Justificação, assinada em 1999 pela Federação Luterana Mundial e pela Igreja Católica, e acolhida pelo Conselho Metodista Mundial em 2006.
“As Igrejas – acrescenta o sacerdote – estão prontas para dar outros passos, e neste sentido se insere o último documento que foi publicado com o título “Do conflito à comunhão”.
Muito esperada, por sua vez, é a participação do Papa Francisco em 31 de outubro em Lund, na Suécia, na cerimônia conjunta entre a Igreja Católica e a Federação Luterana Mundial, para comemorar (ndr – “comemorar” do latim COMMEMORATIO, “lembrar-se, trazer à mente”, de COM-, intensificativo, mais MEMORARE, “lembrar-se”, de MEMOR, “aquele que se lembra”) o 500º aniversário da Reforma. “Trata-se – sublinha Puglisi – de uma gesto simbólico e profundo em direção à reconciliação”. (JE)