Celebramos no domingo passado o dia dos pais. E muitos se perguntam: o que significa ser pai (e mãe) em nosso tempo? Muitos são os pais que encontram grandes dificuldades para educar na fé os seus filhos, por diferentes motivos. “Enquanto eles são pequenos, é mais fácil. Depois que crescem e começam a expressar sua vontade, tudo é mais difícil” afirmam muitos. Porém os pais, assumindo a responsabilidade que lhes compete, se angustiam, se esforçam, buscam variados caminhos para educar na fé o/a filho/a que Deus em graça lhes concedeu.
A igreja, pelos trabalhos que desenvolve e pelo anúncio do Evangelho, busca ajudar neste processo. Também ela não tem uma fórmula pronta, mas, com base no Evangelho, define pistas seguras e confiáveis para esta caminhada.
Um dos textos que nos auxilia é o de Marcos 2.1-12. Nele nos é narrado o anúncio do perdão de pecados a um paralítico e sua conseqüente cura, diante da resistência dos escribas. Do enredo do texto e da sua mensagem, assinalamos 3 pistas que ajudam neste processo:
a) pai (e mãe) ensina teu filho (tua filha) a ter fé e perseverar: o paralítico do texto e os seus amigos creram em Cristo e acreditaram ser Ele fonte de vida e cura. Esta fé em Cristo os colocou em movimento. Foram ao encontro de Cristo. E, apesar das dificuldades enfrentadas, não desanimaram. Pais e mães: ensinem esta fé que é esperança de cura, de reintegração social, que coloca em movimento, que se solidariza, que ajuda e que persevera aos filhos e filhas;
b) pai (e mãe) ensina teu filho (tua filha) a perdoar: Jesus identificou a causa do mal e anunciou o perdão. As pessoas, especialmente os escribas, não perdoaram. Reclamaram. O perdão de Jesus permitiu ao paralítico recomeçar a vida. Os escribas não souberam conceder esta nova oportunidade. Pais e mães: ensinem os/as filhos/as a perdoar, a viver em comunidade, a respeitar o outro, a ser reconciliadores. Que saibam perdoar e conceder aos outros – e a si próprios – a possibilidade do recomeço;
c) pai (e mãe) ensina teu filho (tua filha) a unir palavra e ação. Em Jesus estas formam um conjunto. Nas pessoas que carregam o paralitico ao encontro de Jesus, também. Acreditam e agem. O texto convida para que sejamos assim também. Na tarefa de pai/mãe isto pode se revelar assim: o/a filho/a não participa do culto ou das atividades da comunidade. Não desanime, continue convidando ele e continue você participando da comunidade. Continue sendo exemplo. Continue transmitindo e vivenciando valores evangélicos, éticos, morais, de justiça, ... Faça-o na esperança de que irá chegar o dia em que o/a filho/a perceberá que teve referências de vida e fé seguras no seu pai e na sua mãe. E que serão de grande importância para sua vida.
Que Deus, em misericórdia, abençoe as famílias. Amém.
P. Marcos Jair Ebeling – Pastor da IECLB em Campinas, SP