O compromisso luterano com o ecumenismo só chegará ao fim quando os luteranos puderem compartilhar a eucaristia com outras igrejas, disse o atual presidente da Federação Luterana Mundial (FLM), bispo Mark S. Hanson. A declaração foi feita na abertura da 11ª Assembléia da Federação Luterana Mundial, em Stuttgart, que se iniciou no dia 20 e segue até o dia 27 de julho.
A assembléia é o órgão supremo para a tomada de decisões na FLM. Ali, se elegem o presidente e os membros do conselho. Também se toma decisões sobre os relatórios apresentados pela Presidência, a Secretaria Geral e o Financeiro. Normalmente, é celebrada a cada seis anos, com a participação de representantes das igrejas membro e organizações relacionadas à Federação.
Em 2010, mais de mil participantes assistem o evento, integrado por 418 delegados e delegadas de 145 igrejas membros, procedentes de 79 países. O pastor presidente Walter Altmann, pela IECLB, e o secretário executivo da Fundação Luterana de Diaconia (FLD), estão presentes.
O bispo Mark S. Hanson que também preside da Igreja Evangélica Luterana dos Estados Unidos resumiu, em coletiva de imprensa, no dia 21, os progressos alcançados pelos luteranos nas relações ecumênicas, recomendando: “Devemos continuar o diálogo sobre as questões teológicas que ainda nos impedem de comungarmos juntos”.
Se católicos e luteranos podem alimentar juntos aqueles que passam fome, por que não podem alimentar-se unidos na mesa do Senhor? – indagou.
Enquanto os dirigentes debatem questões teológicas difíceis, “pessoas leigas de diferentes igrejas oram juntas, estudam juntas e trabalham juntas para construir sociedades justas”, disse. São essas pessoas que impulsionam e mantêm vivo o ecumenismo das bases, frisou.
O desejo de Hanson pela unidade das igrejas estende-se também ao seio das igrejas luteranas. Ele se disse preocupado com o fato de surgirem conversas sobre o significado de ser verdadeiramente luterano.
“Sinto que aumenta o desejo por parte de algumas pessoas de examinar as ricas confissões que compartilhamos não como uma razão para conversar sobre como podemos viver nessa tradição confessional, mas antes como uma maneira de determinar quem é verdadeiramente luterano e quem não é, o que seria uma análise desafortunada”, disse o presidente da FLM (Stuttgart, dia 22 de julho de 2010, pela ALC com FLM)