Segurança alimentar. Fome Zero. O que é?

Estudo

25/04/2004

Fome e desnutrição formam um círculo vicioso que só agravam ainda mais a pobreza. Produzem efeitos irreversíveis, como a dificuldade de assimilação de conhecimento pelas crianças raquíticas e mal alimentadas, quebra de imunidade às doenças, retardamento mental, cegueira e morte precoce. De cada mil crianças nascidas vivas no Brasil, cerca de 32 morrem antes de completarem um ano de vida. São mais de 150 mil crianças por ano. De cada três crianças falecidas, duas morrem em consequência da falta de água adequada, que provoca diarréia e outros males.

No Brasil, são pobres aquelas pessoas que têm uma renda mensal de, no máximo, R$ 39,11, ou seja, um pouco mais de um real por dia. São 46 milhões de pessoas ou 9,9 milhões de famílias, compostas em média por 4,7 pessoas, que possuem renda mensal inferior a R$ 183,81.

Há dez anos Betinho de Souza denunciava: “A fome tem que ser erradicada do Brasil a curto prazo. É muito vergonhoso que ainda há gente morrendo de fome!” Betinho mobilizou muitos setores da sociedade civil e chamou à participação no Programa de Combate à Fome. A mensagem e o programa continuam mesmo depois de sua morte, em 1995. Certamente teríamos números mais alarmantes nesta última década se não tivesse havido uma chamada tão clara e inequívoca como a do Betinho e se a sociedade civil não tivesse se mobilizado.

Em 2003, o governo do presidente Luis Inácio Lula da Silva lançou o Programa FOME ZERO com o objetivo de tentar garantir a cada brasileiro três refeições diárias.

O Programa FOME ZERO vem sensibilizando e mobilizando muita gente no Brasil e no mundo. Concentrou suas ações em 2003 no Nordeste e no Norte do Brasil. Os recursos canalizados via Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal têm sido usados para promover ações emergenciais, tais como o cartão alimentar (R$ 50,00/mês/família), a construção de cisternas na região do semi-árido, e a distribuição de cestas básicas a trabalhadores acampados e assentados, a comunidades remanescentes de quilombos e a comunidades indígenas. Mas ainda há muito por ser feito, e não é tarefa exclusiva do governo e dos seus órgãos executivos. Diz respeito a todos e todas nós.

Não raro, o Programa FOME ZERO tem recebido críticas de diferentes setores da sociedade, taxando-o de paternalista e de não atacar as raízes da fome e da pobreza. Fato é que o desafio da erradicação da fome do Brasil persiste, e nós cristãos não podemos ficar alheios. É assunto de fé, de coerência, de misericórdia e de solidariedade.

Busquem mais informações sobre como participar nos seguintes endereços:
www.presidencia.gov.br/mesa
www.fomezero.gov.br
www.fomezero.org.br

 

Técnica 1

Material: revistas ou jornais velhos, tesoura, cola, cartolina e Bíblia.

Desenvolvimento:

1) A pessoa que coordena a atividade distribui os participantes em grupos de até cinco pessoas. A cada grupo dá uma folha de cartolina, revistas ou jornais velhos, cola e tesoura.

2) Formados os grupos, cada qual é orientado para:

a) recortar das revistas fotos ou ilustrações relacionadas ao tema alimentação/fome.
b) elaborar um painel com estas ilustrações, mostrando como esta relação acontece na localidade.
c) relacionar o painel com um tema ou história da Bíblia.
d) apresentar as principais conclusões ao plenário.

3) A partir da apresentação dos painéis, as pessoas participantes da atividade buscam estabelecer ações viáveis e com as quais possam se comprometer, a fim de, a partir do evangelho, contribuírem para transformar a realidade local retratada.

Técnica 2

Formar grupos de até cinco pessoas para refletir sobre a foto no verso desta folha. Relacionar a foto com a história da multiplicação dos pães, em Marcos 6.30-44. O grupo pode refletir sobre a seguinte pergunta orientadora:

- Qual é o milagre que precisamos para acabar com a fome no Brasil (ou na localidade, na cidade)?

É importante, que ao final do encontro, a coordenação possa ajudar o grupo a concluir, resumindo as principais discussões e conclusões que apareceram na reflexão.


Sugestões de técnicas: Ricardo Fiegenbaum

Silvio Schneider
Pastor e Secretário Executivo da
Fundação Luterana de Diaconia


Dia Nacional da Diaconia - 25 de abril de 2004

 

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João 8.31-32
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