Saudades

Caderno de Estudos para Mulheres/OASE

04/03/2014

ENCONTRO nº__ Dia __/__/____
Departamento de Mulheres/OASE do Sínodo da Amazônia
Elenir Butzke Agner
Paróquia Evangélica de Confissão Luterana em Espigão do Oeste - RO

 

Teatro dialogado por Laura e Paulinho que são os dois amigos bem jovens que se encontram e falam da saudade da infância.
Laura: Olá amigo! Que bom te encontrar aqui. Eu queria mesmo falar com alguém. Senta aqui. Senta. Saudades daqueles tempos...
Paulinho: Que tempos?
Laura: Tempos lá longe, longe... Sabe, eu ainda era criança... Tudo era muito bom, muito bom.
Paulinho: Mas hoje tudo é melhor ainda, tudo mais fácil,...
Laura: Sê acha? Não, não, não... Saudade...
Paulinho: Você tem saudade de que Laura?
Laura: Paulinho, quando eu era criança, meu pai e minha mãe contavam muitas histórias. Eram muito legais e divertidas.
Paulinho: Que histórias?
Laura: Ah!!! História do macaco e do coelho... um pulo real... uma outra, da Raposa e do Coelho... Dá a volta redonda raposa, eu não tenho tempo coelho... – uma outra, do Coelho que foi na casa da namorada montado na onça... – Aquela que o sapo vai a festa no céu dentro do violão do urubu... e muitas outras... Saudades...
Paulinho: Laura, seus pais também contavam histórias da Bíblia?
Laura: Muitas... na minha família éramos em nove irmãos. Quantas vezes, à noite, íamos para a cama dos pais e lá bem juntinhos viajávamos nas histórias...saudades...
Paulinho: De qual história você lembra?
Laura: Natal, Páscoa, Moisés, Jacó daquela escada que chegava até o céu, de Isaque, Samuel, Daniel na cova dos leões, Adão e Eva, Caim e Abel, Golias que levou uma estilingada de Davi... Saudades...
Paulinho: E as músicas?
Laura: Como a gente cantava! A minha mãe cantava e cantarolava o da todo. Ela sabia músicas de cor, aprendi muito com ela... e nós, as crianças íamos no curral, juntávamos o cocô das vacas, varríamos, e lá amarrávamos balanços e cantávamos muito. Muitas vezes com o hinário em mãos... Ai saudades...
Paulinho: Nossa! E as brincadeiras?
Laura: Eram tantas Paulinho e muito legais: João bobo, queirós, caí no poço, pular corda, pega-pega, esconde-esconde, maia, belisca, moinho, escolinha, fazer culto, passar anel, números, e as cantigas de roda...Senhor caçador, a carrocinha, três mocinhas, rolinha andou, alface já nasceu, eu sou pobre, pobre, pobre... fui na Espanha, três solteiros... andando adiante, na beira d rio, a rolinha fez seu ninho, estou aqui procurando alguém... Saudades...
Paulinho: Laura, Laura! Você tinham brinquedos comprados?
Laura: Naaaão! Nós juntos construíamos os brinquedos. (enquanto fala pegar sabugos de milho e fazer arapuca). Era muito legal e a gente aprendia afazer um montão de coisas divertidas. De noite, depois de um dia de trabalho, junto com os pais à luz da lamparina, após debulhar o milho para fubá do broudt, brincávamos com os sabugos fazendo arapuca cercados, colocávamos em forma de escada, do maior ao menor, separávamos os finos dos grossos, quebrávamos batendo sobre os dedos da mão, era divertido. E enquanto isso papai e mamãe falavam versos...
Lá no alto daquele morro...
Lá no céu tem três estrelas...
Laranjeira pequenina...
Saudades...
Paulinho: que maravilha! Fala mais. E os alimentos?
Laura: Hum! Paulinho! Muito, muito gostoso. O broudt com linguiça defumada, doces, carnes, cará, inhame, taioba, arroz, ensopado, arroz doce e o pão de trigo... Saudades...
Há muito tempo atrás (música Terra Natal, cantada em por Laura e Paulinho)

Há muito tempo atrás deixamos a terra natal.
Saudade vem, saudade vai e dela lembramos demais...

A gente jamais vai deixar de lembrar a terra que foi nosso primeiro lar.(2x)

Também os passarinhos um dia deixaram seus ninhos.
Voando vem, voando vão e ao ninho jamais voltarão.

A gente jamais vai deixar de lembrar a terra que foi nosso primeiro lar.(2x)

Também os nossos filhos, um dia do lar sairão.
Casando vão deixando nós, saudades no lar deixarão.

A gente jamais vai deixar de lembrar a terra que foi nosso primeiro lar.(2x)

As flores no jardim, agradam com seu perfume.
Balançam sim, balançam não, suas pétalas caem no chão.

A gente jamais vai deixar de lembrar a terra que foi nosso primeiro lar.(2x)

Nos dias da primavera, aos cantos de um sabiá.
Lembranças vem, lembranças vão, saudades conosco estão.
 


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Autor(a): Elenir Butzke Agner
Âmbito: IECLB / Sinodo: Amazônia
Título da publicação: Caderno de Estudos para Mulheres/OASE 2014-2015 / Ano: 2014
Natureza do Texto: Educação
Perfil do Texto: Estudo
ID: 27075
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