Eu tinha contratado um carpinteiro para ajudar-me a consertar um armário. O dia dele não tinha sido fácil: trabalhou duro, sua máquina de cortar madeira estragou, ele perdeu uma hora de trabalho e, na hora de sair, seu velho caminhão se negava a arrancar.
Levei-o para casa. Ele estava sentado ao meu lado. Não falou nada. Quando chegamos, convidou-me para conhecer sua família. Caminhando até a porta, ele parou um momentinho diante de uma pequena árvore e tocou-a com suas mãos nas pontas dos galhos.
Quando se abriu a porta, aconteceu uma transformação surpreendente: a cara braba dele estava iluminada por um grande sorriso. Abraçou os filhos e deu um beijo em sua esposa.
Mais tarde, ele me acompanhou até o carro. Quando passamos perto da árvore, fiquei curioso e lhe perguntei sobre o que tinha observado antes:
- Oh, esta é a minha árvore de problemas, respondeu ele. Sei que não tenho como evitar problemas no trabalho, mas uma coisa sei: eles não pertencem à minha casa, nem à minha esposa e nem aos meus filhos. Por isso, eu simplesmente os penduro na árvore quando chego em casa de noite. Na manhã seguinte, eu os recolho de novo.
- O engraçado é, disse ele sorrindo, que, quando saio de manhã para recolhê-los, nunca há tantos problemas como me lembro de ter colocado na noite anterior...
(Extraído de 100 Estórias de Vida e Sabedoria, Osvino Toillier (Org.)
Editora Sinodal
Querida e querido internauta,
querida Érika, Dª Adna, querido Ronaldo, Dr. Francisco...
Nossa vida é um corre-corre. Sempre são muitas as tarefas que nos são impostas, ou as que nós impomos a nós mesmos. Muitas delas são resolvidas de acordo com nosso planejamento, outras nos escapam pelas mãos, outras, ainda, não damos conta mesmo.
Aquelas que resolvemos de acordo com nosso planejamento ficam para trás e nos deixam alegres e realizados. E isto é muito bom, isto é muito importante: reconhecer que somos capazes de cumprir com algumas tarefas que temos sob nossa responsabilidade.
Mas também existem aquelas tarefas em que tudo dá errado ou que simplesmente não estamos aptos a realizar. Aqui surgem duas saídas:
1ª) reconhecer nossas limitações e reconhecer que não somos os salvadores do mundo. Se eu não sei fazer, preciso reconhecer que existem outras pessoas que, para estas tarefas, têm um dom diferente do meu e que estão capacitadas a realizá-las.
2ª) reconhecer que não me engajei o suficiente e que irei me preparar melhor para realizá-las com mais responsabilidade.
O grande problema é que, quando as coisas não acontecem da forma que queremos, deixamos que a irritabilidade, o rancor, a grosseria, a maldade, o ódio... comecem a tomar conta de nós. Ao invés de nos vacinarmos com as duas saídas acima citadas, deixamos que sentimentos negativos e destruidores de relacionamentos comecem a crescer dentro de nós.
Antes que isto aconteça, sempre é bom dar uma relaxada, e, orando, pedir orientação a Deus. Ele dará a SERENIDADE necessária para aceitar as coisas que não posso modificar; dará a CORAGEM para modificar aquilo que posso; e dará SABEDORIA para distinguir umas das outras.
De nada nos vale descarregar nossa irritação, rancor, ódio... sobre nossos familiares, as pessoas que mais amamos. Neste sentido vai uma dica: se você ainda não tem uma arvorezinha plantada na entrada da sua casa, está na hora de plantar uma...
Um abraço fraterno,
Klaus Dieter Wirth, pastor