Jesus surpreende! Ao encontrar o cego de nascença, ele ordena que vá ao tanque de Siloé para lavar o rosto encardido de lama. Assim, o cego é curado e passa a ver com clareza, tanto o mundo, como a si mesmo. Então, reconhece a própria aparência. Ou seja, quem é e o que pode fazer. Aliás, ao ser questionado sobre a cura, não teme em dizer com clareza: Era mendigo e estava à margem. Agora, Jesus me aceitou, reintegrou e, principalmente, me curou! Mas, como Jesus operou tal feito? De que maneira o cego reconheceu quem era? O Mestre usou um método extravagante, carregado de ensino. Jesus cuspiu no chão. Fazendo um emplasto de lama, aplicando-o aos olhos do cego. Por fim, ordenou que se lavasse no tanque. Que fique claro, cuspe é o que sai da boca. Noutro momento, Jesus mesmo disse que “não só de pão vive uma pessoa, mas da palavra que sai da boca de Deus” (Mateus 4.4). É bem assim que somos curados quando damos ouvido à palavra de Deus. Jesus cuspiu na terra. Aliás, do pó Deus nos criou e ao pó vamos tornar. Sem Deus não somos nada. Viramos gente quando Ele nos toca. Diante do tratamento inusitado com cuspe e lama, o cego foi desafiado à obediência. Ao cumprir a ordem de Cristo, percebeu: Estou sujo. Sou pó! Também ficou claro de que a voz do Mestre lhe restaurou a vida. Ainda hoje, a cegueira desaparece quando reconhecemos qual é a nossa condição sem Deus, assim damos tempo à sua palavra e, em obediência, seguimos ao seu lado.
Um clássico na voz de Marcos Antônio, “Ó Quão Cego”.