Com votos de...”. Em quantas mensagens de final de ano recebidas ou enviadas constava essa formulação? Votos são, segundo o dicionário de Celso Pedro Luft, “súplicas, rogativas a Deus ou aos santos”. Será que os votos de um próspero Ano Novo que recebemos ou enviamos são de fato orações de intercessão a Deus? Vêm do coração ou são apenas manifestações formais? Muitas vezes usamos gestos e fórmulas cujo significado nem conhecemos. Se nos déssemos conta, talvez os usássemos mais conscientemente.
Quem ainda não admirou os fogos na virada de ano, na praia ou na TV? São bonitos, sem dúvida! É divertido para muitos; a outros, incomoda. Quantos acidentes acontecem a cada ano? Quanto dinheiro é gasto por um momento?
Nos damos conta do significado desse foguetório na passagem do ano? É um costume que vem da velha Europa. Contam os pesquisadores que se trata de uma tradição pagã, da época pré-cristã. No auge do inverno, no hemisfério norte, os povos queriam afugentar os espíritos do frio através de barulheira e gritaria, para que voltassem novamente temperaturas mais amenas. E o que se quer alcançar com esta tradição entre nós? Faz sentido?
Estamos num novo ano civil. Muitos gozam as suas férias nessa época. Ansiamos por bom tempo, por praias limpas, por água nas torneiras nos locais de veraneio, por tranqüilidade, descanso, por desestressar e recarregar as baterias para enfrentar o que este novo ano nos trará. Outros anseiam por curtição e muito agito.
O que o novo ano vai nos trazer? Não o sabemos. Futurólogos, pais e mães-de-santo, enfim, adivinhos de todas as espécies fazem suas previsões. Os governos que assumem mais um mandato – após exaustivas negociações e lutas ferrenhas por espaço público e parcelas de poder – fazem os seus cálculos. Uns mais otimistas, outros mais pessimistas; uns por sinceridade, outros por jogo de cena. Que dizer? Podemos ter indícios! Mas certezas?
Nesses dias caiu-me nas mãos novamente o texto de Isaías 35.3-4: “Fortaleçam as mãos cansadas, dêem firmeza aos joelhos fracos. Digam aos desanimados: Não tenham medo; animem-se, pois o nosso Deus está aqui”.
Com base nessa palavra de Deus, eu gostaria de dizer a todos: Traga o novo ano o que trouxer, venha pela frente o que vier, não precisamos ter medo. Podemos entrar nele confiantes, pois não vamos estar abandonados e sós: “Nosso Deus está aqui”.
Pastor Dr. Osmar Zizemer
Blumenau(SC)
