Receber e dar...

28/07/2020

 

Egon era o zelador. Um sujeito observador e atencioso, por isso aprendeu a seguinte lição. Domingo após domingo, aparecia na igreja um sujeito estranho. Era barbudo, vestindo um abrigo bastante surrado. Era sempre assim: Ele chegava minutos antes do início do culto. Silenciosamente entrava, ajoelhava-se em oração, assistia à celebração, saindo logo após a bênção. A curiosidade do zelador crescia a cada nova semana. Também, havia um pingo de preocupação. Será que não é uma pessoa de má intenção? Então, decidiu aproximar-se. Bom dia! Sou o zelador da paróquia. Posso lhe ajudar? Então, o visitante se identificou como servente da construção que havia noutra quadra. Não tinha casa, nem família, por isso dormia na obra. Confessou que aquela era a igreja mais próxima. Ele necessitava daquele momento de culto. Em especial, da bênção. Ser abençoado deixa a minha semana completamente diferente. Egon ouviu com muita atenção. O testemunho que lhe atingiu o coração. Naquele domingo, antes de fechar a igreja, ele ajoelhou-se diante do altar e orou, como nunca havia feito antes: Peço perdão, Senhor, por ter julgado meu irmão. Também, peço perdão pelos anos que estou na tua casa sem jamais ter dado o devido valor à tua bênção. Por isso, obrigado pela palavra desta manhã e pela bênção recebida. Amém! Nos dois domingos seguintes o visitante não apareceu. Egon começou a ficar preocupado. Na obra, descobriu que ele sofreu um acidente. No hospital se deu conta de que sequer sabia o nome do sujeito. Descrevendo-o à recepção e dando dicas do acidente, encontrou o “José” com outros 5 colegas no quarto. Mesmo com a perna cheia de ferros e pinos, havia um sorriso contagiante em seu rosto. Em seguida, entrou uma simpática enfermeira que disse: José! Até que enfim, apareceu alguém para lhe visitar. Dirigindo-se ao Egon, continuou: Este sujeito é uma “bênção” aqui no hospital. Nós o socorremos. Mas, na realidade, ele é quem nos anima. Não somente a gente, ele cativa todos que o encontram. Então, José chamou o Egon e lhe disse ao pé do ouvido: É verdade! Mas, me sinto fraco. Preciso da bênção de Deus para ser uma bênção. Peça ao pastor para me visitar. Ou, ao menos, que mande uma bênção por escrito. Leia Números 6.24-26.


Autor(a): P. Euclécio Schieck
Âmbito: IECLB / Sinodo: Norte Catarinense / Paróquia: Garuva-SC (Martinho Lutero)
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Testamento: Antigo / Livro: Números / Capitulo: 6 / Versículo Inicial: 24 / Versículo Final: 26
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 58020
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Antes da criação do mundo, Deus já nos havia escolhido para sermos dele por meio da nossa união com Cristo, a fim de pertencermos somente a Deus e nos apresentarmos diante dele sem culpa.
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