Beatriz estava revoltada com Deus e, por isso, também desiludida com sua comunidade. Contudo, Deus continuava cutucando-a amorosamente. Naquela noite fria de inverno, ela não se cobriu adequadamente, ficando com frio. Em sonho, Deus a carregou numa pequena aventura. Na primeira parada, ela viu um menino tremendo diante da figura de uma fogueira. A imagem não lhe dava calor algum. Na cena seguinte, certas pessoas assistiam pela televisão um lindo documentário sobre diversos modelos de lareiras, mas também eles estavam assistindo com frio. Na terceira visão, havia um fogão à lenha. Ao seu redor, estava reunida uma família, que tomava chimarrão e comia pinhão. O calor permitia um ambiente agradável, onde todos se sentiam felizes. As pessoas que passavam na rua, ao ouvirem as gargalhadas e a conversa, entravam e acabavam participando da comunhão. Com um forte estalo, Beatriz acordou. Na cozinha, as brasas se extinguiam no velho fogão. De imediato, acrescentou a lenha. Na vida comunitária, não é diferente. A teoria não basta. É tarefa de cada um não permitir que o fogo apague. Diante da boca do fogão, ela se ajoelhou, pediu perdão e decidiu: Voltarei à comunidade, fazendo aquilo que me cabe na comunhão.
Em 1970, o Trio Maranata gravou “Satisfação”.