Salmos 144.2: Ele é a minha rocha e a minha fortaleza, o meu abrigo e o meu libertador. Ele me defende como um escudo, e eu confio na sua proteção.
Eu já havia visto pela TV diversos acidentes trágicos, mas nunca estive tão próximo de um. No dia 13 pela manhã estava chovendo, e quando fui pegar o carro na garagem da Missão aos Marinheiros, para ir ao porto, percebi que havia esquecido as chaves em casa. Voltei para casa por volta das 10:08hs, ao entrar na rua percebi que já se iniciava uma movimentação de pessoas no quarteirão onde moro, já havia umas duas ambulâncias e dois ou três veículos da polícia, pensei “opa” aconteceu algum acidente de transito grave.
Ao chegar perto de casa, os já vizinhos estavam todos do lado de fora, muito nervosos e assustados, alguns diziam: “caiu um helicóptero”, outros diziam que foi um monomotor, então vi a fumaça atrás da nossa casa. Na frente da casa encontrei destroços de alumínio, pensei: é da fuselagem de alguma aeronave. Corri para dentro de casa para ver se não havia fogo em nossa residência. Subi no quarto e da janela pude ver um cenário assustador como se fosse de uma guerra, destroços para todo lado, marcas de sangue e restos mortais nos prédios dos fundos, e vi uma hélice de uma turbina de um avião a uns 8 metros do nosso quarto, então deduzi que havia ocorrido a queda de um avião. Assustado, desliguei o gás e a luz e alguém já tocou a campainha e disse para sair do local porque havia risco de novas explosões. Minha esposa e minha filha não estavam em casa quando ocorreu o acidente. Os vizinhos relataram que foi assustador e que o estrondo e o choque da explosão foi muito grande, e que as casas tremeram como em um terremoto. Eu imagino, por que além de quebrar diversos vidros das janelas da frente até a estrutura de alumínio entortou, o forro do quarto dos fundos também cedeu por causa do impacto da explosão.
O avião, modelo Cessna 560XL, caiu por volta das 10h. A aeronave decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e estava se dirigindo ao aeroporto de Guarujá (SP). Eu ainda não consegui entender como tudo aconteceu como o avião foi cair exatamente naquele local, digo isso porque era o único local onde havia algumas arvores e duas moitas enormes de bambus. Conheço bem o local porque fica ao lado da academia que freqüento. Por mais experiente que fosse o piloto, fazer tal manobra é humanamente impossível. A área é muito pequena, na realidade é o quintal de duas residências, e está rodeada por casas e edifícios, mas foi o que aconteceu. O avião caiu exatamente onde não havia casas, também é incrível o fato de que os destroços não atingiram ninguém de forma fatal. Ninguém em terra perdeu a vida e foram poucas as pessoas que ficaram feridas. A última vitima a sair do hospital foi a bebê Gabriela, de 1 ano e cinco meses, que estava internada por causa de escoriações sofridas por estilhaços, foi liberada na manhã do dia 14/08.
Na frente da minha casa pode-se ver um buraco enorme na janela da casa do vizinho, uma peça grande do avião foi parar dentro do quarto. Havia destroços do avião por todos os lados, pode-se ver diversos telhados e janelas danificadas. Como nenhuma pessoa foi gravemente atingida ou ferida? Eu só tenho uma explicação, foi obra divina. “Ele (Deus) é a minha rocha e a minha fortaleza, o meu abrigo e o meu libertador. Ele me defende como um escudo. Salmos 144.2” Com certeza Deus estava protegendo todas as pessoas que vivem ou estavam próximas do local do acidente.
Claro que o acidente foi uma tragédia, vidas foram perdidas. Todos os ocupantes, sete pessoas perderam a vida de uma forma trágica, temos que orar pelas famílias, parentes e amigos das vitimas desse terrível acidente. Que Deus console e ampare a todos nesse momento de angústia. Mas podemos dizer que, pela gravidade do acidente, foi um milagre não ter vitimas fatais em solo. O acidente também poderia ter sido muito pior, próximo ao local havia prédios e escolas, entre elas a escola Plenitude que se localiza a menos de 100 metros do local do acidente, onde há mais de 90 crianças entre 0 a 6 anos.
Não se sabe as causas do acidente se foi falha humana, falha mecânica, ou devido ao mau tempo, mas em todo caso podemos afirmar que os pilotos tiveram um papel fundamental para evitar danos e perdas maiores, segundo testemunhas o avião ainda em vôo já estava em chamas e mesmo assim desviou de prédios e acredito que os pilotos, com a ajuda divina escolheram esse local para lançar o avião contra o solo o que milagrosamente não causou nenhuma vitima em terra.
Um dos pilotos que morreram neste acidente era de uma família da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana em Belo Horizonte, residente em Santa Luzia. Ele frequentava os estudos bíblicos realizados no bairro.
Que Deus esteja com todos os familiares, parentes e amigos das vitimas, também com as pessoas que presenciaram o acidente e estão traumatizadas.