No segundo domingo de agosto celebramos a relação de amizade que une pais e filhos. Damos presentes aos pais e dedicamos tempo para fortalecer a intimidade com os nossos queridos. Conversamos bastante e agradecemos por tudo de bom que eles fizeram por nós. Essa relação bonita pode ser vivida também com o nosso pai maior - Deus. Porém, carecemos de melhorar muito nossa comunicação com o Deus-Pai para estreitar essa comunhão. Jesus nos dá uma “dica importante:
Portanto, vós orareis assim:
Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;
o pão nosso de cada dia dá-nos hoje;
e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores;
e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém]! Mt 6.9-13
E você querido leitor consegue ter na oração uma conversa íntima com o Pai?
O problema é que muitas vezes oramos o Pai Nosso de forma apressada e afoita. Como quem joga palavras ao vento. Esquecemos que esta oração é muito mais que um simples diálogo com o Pai. Nela pedimos, agradecemos e nos comprometemos com a Sua vontade.
Nessa oração podemos nos achegar ao Deus que está perto de nós. Assim podemos confiar a Ele as nossas preocupações, angústias e medos. Mas, também podemos entregar nossos sentimentos de alegria e gratidão pelo cuidado e pelo carinho com que Ele nos mantém. Quando aceitamos viver essa relação de proximidade Pai-filho/a a realidade dos céus nos envolve. Na oração sincera o nome de Deus é santificado em nossas intenções e condutas; especialmente com relação ao próximo. Deste modo, abrimos nossos corações e somos envolvidos como que num gostoso abraço paterno.
E é porque Deus é esse Papaizinho querido que podemos buscá-lo com naturalidade e confiança. Como crianças que se sentem seguras nos braços do pai, também nós podemos descansar nos braços de Deus sem medo. Ele nos sustenta com o pão nosso de cada dia, nos protege e mantém a vida. E isso nos traz tranquilidade e segurança também quando as coisas não vão bem e quando vida aqui nesse mundo não é mais possível.
O Pai Nosso é uma bela oração pela paz. A sabedoria divina nos ensina a pedir perdão e perdoar. Dissipamos nossas mágoas, reatamos laços desfeitos, buscamos o amor. Assim, podemos viver a comunhão entre irmãos promovendo reconciliação. De um modo simples, como nos tempos de infância, podemos “deixar prá lá o que nos chateou ou feriu.
Num mundo com tantas falsas promessas e tentações, somos constantemente desviados do caminho do reino dos céus. Vacilamos, somos fracos e por isso precisamos orar: “não nos deixe cair …”. Precisamos contar com Aquele que tem o poder para nos livrar do mal. Aquele que nos dá a vitória sobre a própria morte. Ele que nos salva mesmo que não mereçamos. Se importa conosco porque nos ama. Nos dá a fé para viver. Nos ensina até mesmo a orar. Assim, somos ensinados a deixar nossa rebeldia de lado. Parar de querer ser independentes/egoístas com relação a Deus e ao próximo. Como filhos/as desse Deus-Pai-querido cabe a nós reconhecer que Dele é o reino o poder e a glória para sempre. Pois, dependemos desse Deus e Pai porque somos frágeis; apenas humanos.
Nesse dia dos pais qual será o melhor presente que podemos dar ao nosso Pai maior? Talvez nada o alegre mais do que ver seus filhos e filhas vivendo em comunhão. Talvez a busca por reconciliar pessoas divididas seja um bom presente. Repartir o pão e buscar uma vida de qualidade, especialmente para quem mais necessita, é algo muito agradável para Deus. Lutar contra o mal e a injustiça, resistir às tentações deve Lhe trazer muito contento. Deixar que a vontade amorosa de Deus se realize em nossas vidas deixa o coração de Deus batendo acelerado. E ainda, orar o Pai-Nosso com um coração comprometido com aquilo que pedimos pode ser um bom motivo para o Pai Celeste se orgulhar de seus filhos e filhas. Que tudo isso seja o nosso presentão pro Papai querido que está nos Céus.
Desejo um feliz dia dos pais sob a presença do Pai de amor. Amém!
