Polycarpo nasceu pelos anos 70. Já cedo, ele se converteu ao Cristianismo, chegando a ter contato com muitas pessoas que haviam conhecido Jesus pessoalmente. Era aluno do apóstolo João.
Policarpo, quando adulto, tornou-se diácono e, a partir de 96, bispo de cidade de Esmirna. Em Apocalipse lemos, na carta à igreja de Esmirna: “Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida”. Esta palavra poderia ter sido dita a Policarpo, já que sabemos que, por motivo de certos conflitos, ele, com 80 anos, viajou para Roma para conversar com o bispo Aniket. Um dos assuntos era a determinação de festejar a Páscoa e as outras datas da cristandade na mesma data. Juntos celebraram a Santa Ceia.
Depois da sua volta, iniciou uma grande perseguição aos cristãos na Ásia Menor. Polycarpo queria ficar na cidade de Esmirna, mas os membros da Igreja insistiram para que ele morasse num sítio, longe da cidade. Quando alguns espiões o acharam, ele não fugiu. Foi ao encontro deles, mandou dar-lhes comida e bebida e pediu ainda o prazo de uma hora para fazer sua oração. Isto lhe foi concedido.
Depois de ser levado para a cidade de Esmirna, realizou-se o julgamento. O juíz lembrou a idade do Bispo, achando que, por causa da idade, Policarpo podia desistir da sua fé em Jesus e, então, fazer sacrifício ao Imperador. A resposta de Policarpo foi essa: “Durante 86 anos, eu sirvo ao meu Rei e Ele nunca me deixou na mão. Como é que vou amaldiçoar aquele que me redimiu? Eu sou um cristão!”
A multidão exigiu a sua morte numa fogueira. Policarpo pediu que não o amarassem, dizendo: “Aquele que me dará a força para agüentar o fogo, também me deixará ficar no lugar sem me mexer.” Ao acenderem a pilha ficou, no meio do fogo, um vão sem chamas, exatamente lá onde estava Policarpo. O carrasco, então, o matou. Uma carta, relatando o fim desse Bispo, foi mandada a todas as Comunidades para fortalecer os cristãos. Esta carta ainda existe.