Um agricultor tinha várias sementes selecionadas, bem guardadas em seu galpão. Certa manhã, resolveu plantar um novo pedaço de terreno nunca utilizado com melões. Passou o trator, limpou o terreno, apanhou as sementes e foi deitando-as cuidadosamente na terra. Ao final de uma tarde, após recolher as ferramentas, agradecido olhou ao chão e disse: Agora é só esperar que a natureza faça o resto. Assim nos dias seguintes, lidou com outros afazeres. Três semanas depois, ele resolveu dar uma conferida na nova lavoura para ver o crescimento das plantas. Começou a caminhar por entre as pequenas mudas que já tinham mais de palmo de tamanho, examinando-as cuidadosamente... Até que, de repente, meio confuso, parou e gritou: Não pode ser! Correu ao galpão e pegou o saco das sementes que plantara, confirmando seu erro. Equivocadamente, havia plantado sementes de abóbora ao invés de melão. Indignado, começou a pisotear as tenras plantinhas, gritando como louco: Terra maldita! Detesto abóbora, eu queria melões. Vendo a cena, sua esposa correu ao seu encontro para saber a razão. Com muita raiva, ele disse: Eu detesto abóbora. Mesmo assim, fui eu quem plantei. A companheira - mulher simples e sábia - consolou-o: Querido! Não xingue a terra, muito menos a semente. A natureza não fez nada errado. Se você plantou abóbora, como queria colher melão? Assim é a vida! Só colhemos o que plantamos. Não há nenhum castigo. É apenas uma lei, lógica e imutável. Se você plantar o mal, colherá o mal. Se plantar o bem, colherá o bem. Portanto, quando você for plantar sua lavoura cuide bem na escolha das sementes para não ter surpresas desagradáveis.