Certo agricultor vivia sempre reclamando. Era uma mania. Nunca estava contente. Ou, era o preço do produto que não ajudava. Já, os defensivos e adubo que eram caros demais. Cada nova semana havia outro motivo de queixa... Muita chuva, seco demais, sol quente... Sucessivamente. Deus, então, lhe concedeu um dom: Ele poderia controlar o tempo. Agora sim, pensou. Será como “eu” quero. Assim, com muita dedicação, preparou a terra, escolheu uma boa semente de milho, plantou, pôs defensivos na hora certa. Também a chuva, o sol, sob seu controle... Vieram no tempo certo. O milho crescia viçoso, como nunca havia visto. A colheita seria surpreendente. Já estava alegre.

Reformou os celeiros. Construiu novos, antecipando a venda de parte de sua colheita. Contratou máquinas para colher. Tudo por sua conta. Sem lembrar o Criador, que lhe concedeu o dom. Ele era um sujeito altamente concentrado, disciplinado. Tudo estava muito bem organizado. Orgulhava-se disso. As máquinas iniciaram, então, a colheita. Mas, houve uma surpresa inesperada. O milharal era enorme e abundante em espigas. Contudo, sem grãos. Grandes, mas pura palha. O que houve? Pensou consigo... Faltou a polinização. Na hora em que o VENTO deveria fecundar as espigas... Não veio, pois faltou a ordem.Tal história lembra algumas verdades bíblicas:

1º Na parábola da semente (Marcos 4.26-29), Jesus ensina que certas atividades cabem às pessoas. Outras, como o crescimento, de Deus. Ou seja, o esforço humano é necessário. Mas também, continuamente carecemos da bênção de Deus.

2º Nos salmos (127.2) há uma verdade reconfortante: Mesmo quando dormimos, Deus nos dá o sustento. Ou seja, eu posso descansar das minhas obras, confiando meus cuidados ao Criador.

3º A sabedoria dos céus (Provérbios 16.1) ensina que... Podemos fazer muitos planos, mas jamais deixar o Senhor de lado. Por isso, conte com teus conhecimentos e experiências. Saiba, contudo, que acima disso tudo, está a presença de Deus.





P. Euclécio Schieck (Garuva/SC)