Perdoar é mais barato

03/06/2022

Em tempos de crise o que mais se ouve são receitas para economizar, aumentar o poder de compra do nosso salário e tentar aplicar melhor o que ganhamos.
Se você é um daqueles que reclama da falta de tempo e dinheiro quero te convidar a meditar comigo sobre o tema: PEDOAR É MAIS BARATO.
Talvez após ouvir esta breve reflexão você consiga fazer uma pequena economia e recuperar a tua saúde que anda meio debilitada.
Conta-se uma história de que o Geraldinho suplicava que o pai lhe perdoasse, sabia que havia cometido um erro ao bater o carro do pai por conta de sua pouca habilidade ao volante, mas não compreendia a razão de sua extrema irritação. Afinal, em sua visão, o carro poderia ser consertado. E acidentes acontecem, pensou. Mas o pai estava muito nervoso com o episódio.
Esbravejou dizendo: isso não tem perdão, Geraldinho, não tem. E o prejuízo: quem irá pagar o conserto do automóvel? Com certeza eu; eu vou pagar o prejuízo da barbeiragem.
Calma, papai, mantenha a calma, perdoe-me... eu pagarei, ganho pouco, mas posso pagar de forma parcelada.
Furioso com as explicações do filho, o pai desferiu um chute na parede.
O resultado: fratura no pé esquerdo e mais de 4 meses afastado do trabalho.
No outro dia, após a cirurgia do pai, Geraldinho entrou no quarto do hospital segurando flores e, sorrindo, disse:
Sai mais barato perdoar, papai, sai mais barato perdoar.

1. A falta de perdão nos adoece
O escritor C. S Lewis diz: Não é difícil fazer um discurso sobre perdão; o desafio é perdoar quem nos fere. Se o perdão é tão difícil, guardar mágoa lhe custará mais caro.
A falta de perdão é um veneno que intoxica a nossa mente, polui nosso coração e estrangula nossa alma. A falta de perdão deixa a pessoa rancorosa, amargurada, ressentida e azeda.
Por isso, guardar mágoa, não perdoar, é destruir a você mesmo com o propósito de acabar com o outro. É a mesma coisa que você tomar uma dose de veneno pensando que é o outro que vai morrer.
Um estudo feito por uma Universidade de London, na Inglaterra, mostrou que a raiva, mágoa, falta de perdão e hostilidade podem aumentar a incidência de doenças cardíacas em pessoas saudáveis, provocar gastrite, úlcera, depressão. Quem não perdoa adoece física, emocional e espiritualmente, concluiu o estudo.
Sabem, é triste ver uma pessoa que anda a vida toda amargurada, cheia de ódio, por coisas pequenas e insignificantes lá do passado que não foram perdoadas. Lembre-se, se o teu coração está fechado para o próximo, para o vizinho, para o familiar, o coração e os ouvidos de Deus estão fechados para as tuas orações e pedidos. O apóstolo Paulo nos faz um convite: “suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós”. Cl 3.13
Perdoar não significa que temos que esquecer, pois temos uma memória que guarda todas as coisas que acontecem com a gente, mas é lembrar da situação sem sentir dor.
Perdão é limpar o coração de toda a mágoa, dor e ressentimento que possa existir por alguma ofensa recebida.
2. Perdão é uma receita para economizar e recomeçar.
Os remédios são de grande auxílio para a nossa vida. Mas quantos remédios não precisaríamos tomar se houvesse perdão, amor uns pelos outros?
Por isso o perdão também pode dar um bom alívio para o nosso bolso.
Já que o dinheiro anda muito curto e todo mundo vive cortando gastos, vamos cortar nossas mágoas, ressentimentos e toda ligação com os nossos inimigos.
Quem perdoa deixa de comprar antidepressivos, remédios para gastrite, úlcera...deixa de gastar com médicos. São muitas as razões que nos levam a concluir que enfim perdoar é mais barato. Quem perdoa economiza tempo e dinheiro.
E mais, o perdão me anima a arriscar novamente, a recomeçar (Bonhoeffer).
O perdão zera as contas do passado e restaura relacionamentos.
O perdão é faxina do coração, é a cura das memórias amargas, dolorosas.
O perdão é sinal evidente de que Deus está em meu coração.
Portanto, podemos afirmar que perdoar é mais barato e traz muitos benefícios para a nossa vida.
  


Autor(a): Pastor Jairo Rivelino Ebeling
Âmbito: IECLB / Sinodo: Uruguai
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 67224
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Há algo muito vivo, atuante, efetivo e poderoso na fé, a ponto de não ser possível que ela cesse de praticar o bem. Ela também não pergunta se há boas ações a fazer e, sim, antes que surja a pergunta, ela já as realizou e sempre está a realizar.
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