No Dia do Trabalho, um texto reflexivo de Roberto Shinyashiki: Você é uma formiga ou uma cigarra? Na célebre fábula contada por La Fontaine, formigas e cigarras jogavam em times opostos. Odiavam-se por serem espelhos da fraqueza alheia. A formiga, com a sua dificuldade de desfrutar a vida, vivia sobrecarregada de trabalho. A cigarra fazia o que gostava, mas não tinha um senso de profissionalismo que lhe garantisse a sobrevivência. As duas viviam muitas frustrações. É importante constatar que podemos aprender a integrar o prazer ao profissionalismo. Ao invés de morrer de inveja, podemos aprender com o outro. Chegou a hora de criarmos uma nova geração de profissionais: As “formigas cigarradas” ou “as cigarras formigadas”. Em nossa sociedade, os executivos bem-sucedidos, as formigas, ficam morrendo de inveja das cigarras que ganham pouco, mas curtem a vida a mil. Mas, as cigarras também ficam morrendo de inveja das jovens formigas que estão sempre subindo profissionalmente. As duas têm muito a aprender uma com a outra. Ninguém precisa ficar trocando farpas e ironias. Como sempre, a saída é aprender algo com quem nos incomoda. Você se identifica mais com a formiga bem-sucedida ou com a cigarra feliz? Se você se vê como uma formiga, já pensou em trabalhar cantando? Você que se vê como uma cigarra? Então que tal profissionalizar-se em sua arte de cantar? Integrar competência com o prazer vai fazer com que o profissional aproveite cada minuto do seu trabalho. Para crescer como pessoas, precisamos ajudar os outros a crescer e agregar ao invés de segregar. O grande segredo do sucesso é saber trabalhar horizontalmente e, claro, permitir que o lazer e o trabalho caminhem lado a lado, sem distinção. Até aqui, texto do médido palestrante. Como sacerdote, creio que a fé nos dá uma nova perspectiva, integrando melhor todos os aspectos da vida. Não há exemplo maior do que Jesus, que sentou ao lado de mestres para aprender, mas também ajudou o pai na marcenaria. Ao lado dos discípulos, caminhou por estradas poeirentas pregando e curando doentes, mas igualmente colocou crianças no colo, contando-lhes lindas histórias. Por fim, após cumprir sua missão, ao invés de subir direto aos céus, tirou um tempo para comer peixe assado com seus amados na praia. Acho até que fizeram uma roda de violão. Mas, isso a Bíblia não diz (João 21.1-14).