A Associação Beneficente Pella Bethânia, de Taquari, anuncia reestruturação na sua gestão. O processo de transição começou no início do ano, a pedido da coordenação geral da Comunidade Pella Bethânia e se efetiva a partir desta terça-feira, dia 21 de setembro. A reestruturação compreende a coordenação geral da instituição e a prestação de assessoria especial.
Com a reestruturação, Ana Paula Genehr deixa a coordenação geral da instituição. Ela está há quase sete anos na instituição, sendo parte do período à frente do trabalho pastoral e, posteriormente, na coordenação geral. A pedido da diretoria da Associação, Ana seguirá atuando na Pella Bethânia, prestando assessoria especial.
Já a coordenação geral será assumida pelo diácono Dério Milke. Até então, Milke era ministro na Paróquia Evangélica de Confissão Luterana União em Montenegro. O trabalho pastoral na Pella Bethânia seguirá sob responsabilidade da pastora Marli Lutz.
A presidente da Associação Beneficente Pella Bethânia, Edla Loni Hass Berthold, lembra que, de tempos em tempos, há a reestruturação na coordenação geral da instituição. “Só temos a agradecer o trabalho desenvolvido pela pastora Ana Paula Genehr na coordenação geral nos últimos anos, contribuindo ativamente na história de 129 anos da Pella Bethânia. Ao mesmo tempo, desejamos sucesso ao diácono Dério Milke neste novo desafio ministerial, dando continuidade a este importante trabalho de acolhimento de idosos e pessoas com deficiência”, ressalta.
Gratidão
A pastora Ana Paula Genehr é natural de Santo Antônio da Patrulha e possui graduação Teologia pelas Faculdades EST de São Leopoldo (2006), graduação em Pedagogia pela Faculdade de Administração, Ciências, Educação e Letras – Facel, de Curitiba/PR (2013), e especialização em Docência em Ensino Religioso, também pela Facel.
Ana possui mestrado com ênfase em Dimensões do Cuidado e Práticas Sociais, pelas Faculdades EST. Também tem experiência na área de coordenação de Projetos Sociais e de Saúde Coletiva, com ênfase em Mentoria e Capelania Hospitalar, Humanização Cuidados Paliativos e Acompanhamento de Pessoas Enlutadas. Ainda é facilitadora de TRE - Técnica de Liberação de Estresse e consultora em Psicotraumatologia.
No início de janeiro de 2015 assumiu o trabalho pastoral da Pella Bethânia. Em 2017, assumiu a entidade na função de coordenadora geral. “A nossa vida é feita de ciclos. E constantemente novos desafios surgem. E agora, chegou o momento de encarar novos desafios, de iniciar um novo ciclo”, ressalta.
Ana deixa a coordenação com o sentimento de gratidão. “Só tenho gratidão a cada trabalhador e a cada trabalhadora, pela receptividade e pela parceria no trabalho ao longo desses quase sete anos. Gratidão também pelo amor, carinho e dedicação no exercício de suas funções, por estarem fazendo a diferença na vida das pessoas acolhidas. O sorriso de cada residente é a prova desse trabalho ímpar”, frisa.
Da mesma forma, ela agradece a acolhida dos residentes. “Tenho o privilégio de ter o amor e carinho de cada um e cada uma. Obrigada por me permitirem aprender com cada um e cada uma de vocês. Gratidão ainda por entenderem que tudo que fizemos e oportunizamos visa a qualidade de vida e o bem estar, para que vocês realmente se sintam em casa, fazendo parte de uma grande família”, enaltece.
Fazer parte de uma instituição que completa 129 anos em novembro é motivo de orgulho para a pastora. “Saio da coordenação com a sensação de dever cumprido, de ter contribuído um pouco nesta linda história que iniciou há 129 anos. Foram muitos desafios, mas que com a união de esforços puderam ser superados. Acredito que tenho deixado minha marca nesta instituição, sempre visando oferecer o melhor aos nossos e às nossas residentes”, sublinha.
Novo desafio
O novo coordenador geral, Dério Milke, é natural de Laranja da Terra (ES) e é bacharel em Teologia, com ênfase em Diaconia, pelas Faculdades EST de São Leopoldo. Neste período, fez intercâmbio na Alemanha e se formou no primeiro semestre de 2009. No ano de 2015, pela Universidade do Norte do Paraná (Unopar), concluiu o MBA em Gestão de Projetos. O foco desta formação foi a qualificação na gestão de recursos financeiros, pessoal e processos.
Pela Universidade do Sul de Santa Catarina, concluiu o curso de Gestão da Tecnologia da Informação, em 2014. E atualmente, está concluindo os estudos em Gestão Financeira e Administração. A ênfase desta formação está na gestão eficiente dos recursos humanos e financeiros, visando a otimização e autossuficiente da organização em um cenário competitivo.
Com passagem, dentre outros, pelo Sínodo da Amazônia, Milke, até então era ministro na Paróquia União em Montenegro. Agora, assume um novo desafio, frente à uma das instituições de acolhimento de idosos e pessoas com deficiência mais antigas do Rio Grande do Sul. “O meu desejo é dar continuidade aos trabalhos desta instituição centenária. Entro com o desejo de somar, para que a Pella Bethânia cresça e se fortaleça, prezando o cuidado tanto das pessoas que vêm para residir quanto dos trabalhadores e das trabalhadoras. A expectativa é que todos se sintam bem aqui”, enaltece.
O cuidado como um todo será o foco principal do seu trabalho. “A Pella Bethânia tem em sua essência o cuidado. Então o foco também será o cuidado com a estrutura, com os trabalhadores, as trabalhadoras, os parceiros, as parceiras, com as questões burocráticas e, principalmente, com as pessoas acolhidas pela instituição, proporcionando uma vida digna para todos. Tudo isso não se faz sozinho. Prezo pelo trabalho em equipe e pelo crescimento sustentável da instituição, buscando firmar sempre novas parcerias”, ressalta.
Desde a semana passada já residindo na instituição com sua esposa, Andreza, e seus filhos, Bernardo e Alice, as primeiras impressões do novo coordenador sobre a Pella Bethânia são muito boas. “Minha família e eu fomos muito bem acolhidos. Os trabalhadores e trabalhadoras, com as quais tivemos contato, estiveram à disposição com um sorriso no rosto, o que é muito bom. Da mesma forma, já sentimos um pouco do carinho dos residentes e das residentes com os quais já tivemos a possibilidade de conversar. Foi uma acolhida inexplicável”, sublinha.
Texto: Édson Luís Schaeffer
