Ao retirar algo do bolso, um senhor deixou cair um celular de modelo bem antigo. Ao seu lado, um jovem lhe disse: “O senhor tem sorte por possuir um celular assim”. Antes que o homem perguntasse por quê, o jovem acrescentou: “Nós jovens somos obrigados a adquirir os aparelhos mais modernos do mercado. Se eu aparecer com um celular antigo, meus colegas debocham de mim”. O homem ficou impressionado com o desabafo daquele jovem sobre o “ter” e o “ser”.
Quem sou eu? Sou aquilo que os outros acham de mim? Sou aquilo que eu consigo comprar e possuir? Sou aquilo que eu sonho ser? Quem sou eu? Bem sucedido, em forma - ou fracassado e derrotado? Satisfeito e feliz em família e sociedade – ou solitário e mal relacionado? O que me faz sentir bem e satisfeito?
Como é libertadora a afirmação do apóstolo Paulo:
“Pela graça de Deus, sou o que sou”. Paulo não está preocupado com sua posição social nem com seu sucesso como apóstolo. Ele dá testemunho da sua experiência com Jesus. De perseguidor, Paulo foi transformado em testemunha de Cristo. Ele experimentou a graça de Deus.
“O que eu sou” não é decidido por mim mesmo nem é determinado pelos outros. Não é avaliado por aquilo que eu consigo comprar ou conquistar. O que eu sou é oferecido por Deus. Ele vem ao meu encontro com a sua graça.
Este reconhecimento liberta. Diante de Deus eu não preciso dissimular. Posso ser exatamente quem eu sou: com minhas fraquezas e dificuldades; com meus anseios e minhas esperanças. Eu sou um/a filho/a amado/a de Deus!