A cada ano festejamos de novo a Páscoa.
Festa em família, alegria das crianças, cultos alegres após o período de reflexão na quaresma.
Tudo bem. Mas o que, afinal, festejamos? Uma festa para o dia ou uma fé para a vida?
Nesses dias, quantas vezes ficamos desapontados com o que ocorre ao nosso redor? Mais e mais a população se sente insegura pelo grau de violência em nossa sociedade. Revoltados e impotentes, ouvimos a cada dia noticias e relatos de pessoas que perderam um familiar, vítima ou do trânsito, ou das ruas, ou dos morros... No noticiário internacional, guerra, morte, terror...
Quanto vale uma vida nesses dias? Quão pouco vale uma vida nesses dias!
Na Sexta-feira da Paixão recordamos que o próprio Filho de Deus, Jesus, entregou sua vida em nosso favor. Não que a sua vida valesse pouco, mas a nossa vida lhe era por demais preciosa. Por isso, sua misericórdia e seu amor não tiveram e não têm limites. Jesus sofreu a morte, e morte de cruz. No entanto, na Páscoa celebramos que a morte foi vencida. Jesus ressuscitou. Jesus vive! E está conosco! Logo, sabemos que também para nós a morte não terá a última palavra. O poder da morte já está derrotado, por mais que ainda nos acosse.
O apóstolo Paulo proclamou que não há nada – nada mesmo –, poder algum e tampouco a própria morte, que possa nos separar do amor de Deus que está em Cristo (Romanos 8.37-39). Dessa certeza renasce nossa esperança quando estamos desesperançados, recebemos consolo quando estamos aflitos, encontramos novas forças quando já não sabemos onde elas estão. E, em nossa vida, nas nossas relações, já não nos deixamos contaminar pelo espírito da violência, mas, ao contrário, vencemos o mal com o bem (Romanos 12.21).
Pois a vitória de Cristo já se faz presente em nossa vida e em nossa realidade. Traz sinais do Reino de Deus, que terá, este sim, a última palavra. Jesus Cristo diz:
“Eu sou aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos.” (Apocalipse 1.18)
Walter Altmann
Pastor Presidente da IECLB