Dr. Denis Mukwege proferiu palavras fortes e comoventes em sua palestra na XII Assembleia da Federação Luterana Mundial, celebrada em Windhoek, Namíbia, em 2017. Foto: LWF/Albin Hillert
Reconhecimento pelos esforços para acabar com o uso da violência sexual como arma de guerra e em conflitos armados.
(LWI) - A Federação Luterana Mundial (FLM) parabenizou o médico Dr. Denis Mukwege, que, com a ativista de direitos humanos Nadia Murad, recebeu o Prêmio Nobel da Paz de 2018. Em uma carta ao Dr. Mukwege, o Presidente Panti Filibus Musa e o Secretário Geral da FLM Martin Junge parabenizaram-no por este merecido reconhecimento.
O Prêmio Nobel da Paz de 2018 foi concedido ao Dr. Mukwege e à Sra. Nurad por seus esforços para acabar com o uso da violência sexual como arma de guerra e em conflitos armados. Por meio de seu trabalho e testemunho sobre suas experiências eles ajudaram a dar maior visibilidade à violência sexual em tempos de guerra, de modo que os perpetradores sejam responsabilizados por suas ações, escreve o Comitê Norueguês do Prêmio Nobel.
Palestrante na XII Assembleia da FLM
O Dr. Mukwege foi o principal palestrante da Décima Segunda Assembleia da FLM em Windhoek, Namíbia. Falando sobre o tema Libertados pela Graça de Deus, ele soube conectar o assunto ao seu trabalho contra a violência baseada em gênero, e na ocasião disse aos luteranos e luteranas de todo o mundo:
A teologia luterana, especialmente no que diz respeito ao lugar das mulheres na sociedade, é uma mensagem de esperança para todas as mulheres no mundo que são vítimas de violência, seja moral, física ou sexual.
Cabe a nós, os herdeiros de Martim Lutero, através da palavra de Deus, exorcizar todos os demônios machos que possuem o mundo, para que as mulheres que são vítimas da barbárie masculina possam experimentar o reino de Deus em suas vidas”, disse o Prêmio Nobel da Paz Dr. Denis Mukwege.
Em seu trabalho, o Dr. Mukwege deu um grande exemplo de liderança para a África e o mundo, defendendo a dignidade e os direitos das pessoas, em particular das mulheres sobreviventes de violência sexual em situações de conflito. Ele disse à Assembleia que as mulheres com quem ele havia trabalhado eram verdadeiras heroínas e fonte de inspiração e conclamou as igrejas que se posicionassem ao lado dos fracos, feridos, refugiados e mulheres que sofrem discriminação. Se somos de Cristo, devemos falar, denunciar e devemos condenar o mal.
“Um grande incentivo”
Em carta ao Dr. Mukwege, o Presidente da FLM, Arcebispo Dr. Panti Filibus Musa, e o Secretário Geral da FLM Pastor Dr. Martin Junge parabenizaram-no pelo prêmio e agradeceram pelo seu trabalho em acabar com o uso da violência sexual como arma de guerra.
Nós parabenizamos o Sr. de todo o coração por este merecido reconhecimento.
Expressando mais uma gratidão pela sua participação e palestra na Décima Segunda Assembleia da FLM, eles ainda afirmaram que as suas palavras foram um grande encorajamento para continuar trabalhando em direção a uma realidade onde mulheres e homens podem desabrochar enquanto viverem em relacionamentos justos que lutam para superar a violência. E reafirmam sua esperança de colaboração contínua em direção a esse objetivo.