Palavra do Presbitério Maio 2017: ''...o inferno são os outros'' J.P. Sartre

12/05/2017

 

Caros Membros e Amigos da nossa Paróquia!

“...o inferno são os outros” J. P. Sartre

Para J.P. Sartre, esta frase significa que, porque o outro também é livre, não os podemos controlar. Esta frase vista com conotações bem diferentes do contexto original, assume vários sentidos, muitas vezes pessimistas e frustrantes nas relações entre os seres humanos.

Quem já não se aborreceu diante da falta de compromisso dos outros, das promessas não cumpridas. Das esperas e frustrações, ou até pior, das falhas e insucessos de nossa própria vida, culpando sempre os outros por esta situação. Esquecemos que olhando sempre para fora, dentro de uma visão excessivamente individualista que é a da sociedade atual, nós somos o outro, para os outros!

Precisamos refletir sobre o quanto participamos de todos estes processos de interação com os demais membros da sociedade humana. Somos responsáveis pela construção que, estimulados, referenciados e influenciados pelos outros, fazemos de nós mesmos.

Filosofia á parte, um cristão deveria utilizar mais uma outra palavra que é quase sinônimo de outro, esta palavra é “próximo”. Para o cristão o próximo designa outro ser humano. Este ser tem que ser respeitado em sua plenitude, com sua liberdade e peculiaridade, porém, com o adicional do amor nas inter-relações - isto mesmo, do amor!

Uma sociedade pode viver e se estruturar com as leis e sanções impostas para a convivência entre todos os seus membros, que podem ser religiosos ou não, porém tudo ficaria mais fácil se, a todas estas normas, os cristãos acrescentassem os princípios já demonstrados nos Evangelhos.

Deixemos portanto de olhar os outros como outros, e vê-los mais como nossos próximos. Tudo ficaria mais fácil e estaríamos cumprindo a missão que nos foi dada: que é a de sermos livres para servir.
 
Fiquem na Paz do Senhor!
 
Pasquale Caporrino 


Autor(a): P. Guilherme Nordmann
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste / Paróquia: Santos (SP)
Natureza do Texto: Artigo
ID: 42288
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Um cristão não pode ser ofendido a tal ponto que não possa mais perdoar.
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