Palavra do Presbitério Dezembro 2015

04/12/2015

Caros Membros e Amigos da Paróquia de Santos!

Diante da catástrofe ambiental em Minas e no Espírito Santo foi lançado pelo Sínodo Espírito Santo a Belém uma campanha para doação de água:


Prezados e prezadas, Somos todos mineiros e capixabas: precisamos da sua doação. O povo mineiro e capixaba está sofrendo com a lama tóxica que vem descendo pelo Rio Doce. Além de tornar a água imprópria para uso, ela também iniciou um ciclo de destruição da vida no rio. Isso despertou nas pessoas um desejo muito grande de ver o rio novamente revitalizado.
São movidas pela fé e esperança de que um pouco além do presente, alegre o futuro se anuncia. Mas de imediato, precisamos de água potável. Por isso, lançamos esta campanha.
O Sínodo disponibilizou contas bancárias para receber doações em dinheiro. Com essas doações compraremos água direto na fonte de produção e destinaremos às cidades que mais precisam.

BRADESCO: Ag. 2197-0 – C/C. 7204-4 - BANESTES: Ag. 271 – C/C. 6.235.170
SICOOB: Ag. 3008-2 – C/C. 71.467-4

Com saudações fraternas,
Joaninho Borchardt - Pastor sinodal - P. João Paulo Auler – Pres. do Sínodo


Neste cenário recebemos um texto oportuno sobre este assunto:

O Brasil, recentemente ilustrou as manchetes internacionais com o desastre do rompimento da barragem de rejeitos de minérios de ferro da maior mineradora de Minas Gerais e do Brasil.

Esse desastre que já é considerado o maior do Brasil, está afetando milhões de pessoas, em mais de uma dezena de municípios localizados as margens do Rio Doce, nos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, bem como afetando toda a economia da região.

A captação de água para suprir a demanda das populações ribeirinhas foi interrompida e todas as atividades relacionadas ao rio acabaram. O rio Doce está morto, já não há mais vida no rio, peixes, crustáceos e micro organismos foram dizimados pela lama e seus componentes tóxicos.

O pescador já não pode mais pescar, o agricultor já não pode mais irrigar sua plantação, a empresa que captava água para abastecer a população, já não pode mais captar água do rio, todas as atividades recreativas á beira rio acabaram.

Está tragédia já estava desenhada, alguns pequenos acidentes já denunciavam a fragilidade destas barragens de rejeitos de minério, o Governo Federal e Estadual, demoraram para agir, ninguém foi até agora responsabilizado pela tragédia de Mariana, o mar de lama soterrou uma povoado inteiro e ceifou cerca de 30 pessoas e é provável que muitos não estejam nessa lista.

As consequências deste desastre são impressionantes, depois de mais de duas semanas, a lama foi devastando matas ciliares mudando o curso do rio e depois de percorrer mais de 600 quilômetros, sufocando o rio e destruindo berçários da vida marinha, chegou ao mar onde ainda não é possível calcular a real dimensão desta tragédia.

Um pescador desabafou com a seguinte frase: “prende-se em flagrante inafiançável um caçador que mata uma capivara ou um pescador que pesca na época do defeso, porém qual é a punição para quem acaba com um rio inteiro.”

As recentes decisões do Ministério Público de Minas Gerais, com a aplicação de multas milionárias á mineradora responsável pelo desastre são apenas um paliativo. Especialistas calculam que a recuperação do rio pode demorar até vinte anos.

José Carlos C. Silva – Conselheiro Fiscal 


Autor(a): José Carlos de Carvalho Silva
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste / Paróquia: Santos (SP)
Natureza do Texto: Artigo
ID: 36144
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