Deus diz: A palavra que sair da minha boca não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei.
(Isaías 55.11)
Quantas palavras não soam pela nossa boca no dia a dia. Muitas soam como bálsamo para vida. São as palavras de estímulo, motivação, conforto, amor, paz e perdão. São palavras curadoras. Porém, também há as palavras de ódio, raiva e difamação. Palavras que machucam, violentam e destroem a autoestima. Palavras podem construir e edificar, mas também destruir e arruinar a vida. Palavras podem calar no fundo do coração e da alma positivamente ou negativamente.
Por isso, no dia a dia, ao despertar, pergunto que palavras desejo articular na minha relação com a outra pessoa? O que fundamenta a articulação das minhas palavras? Articulo as minhas palavras a partir dos meus conceitos, convicções e ideais? Expresso minhas palavras impensadamente, isto é, sem medir as consequências?
O nosso versículo fala que a Palavra de Deus não volta vazia. A palavra é dirigida ao povo de Israel que foi deportado para a Babilônia. No meio dos deportados havia muitos que não acreditavam mais na palavra de Deus. Achavam que não havia mais esperança de um retorno para Jerusalém. As palavras que expressavam eram de pessimismo e desânimo. Porém, pela voz do profeta Deus diz a esse povo: “Escutem-me e venham a mim, prestem atenção e terão vida nova” (Isaías 55.3a). O profeta chama para orar e confiar na palavra de Deus. O profeta chama o povo a fundamentar a vida na palavra de Deus. Ele chama o povo a não articular palavras de desânimo, mas de confiança e esperança. Como diz em Isaías 56.1: “O Senhor Deus diz ao seu povo: “Sigam a justiça e façam o que é direito, pois daqui a pouco eu vou livrá-los mostrando assim o meu poder salvador”.
A palavra de Deus é o nosso fundamento para seguir no dia a dia a sua justiça e o seu direito. Como diz o Salmo 119.105: “A tua palavra é lâmpada para guiar os meus passos, é luz que ilumina o meu caminho”. Vestir-se da palavra de Deus diariamente é fundamental para vencermos os desânimos, os pessimismos, as crises, as depressões, as polarizações e o ódio crescente em nossa sociedade. Deus renova esta sua Palavra em nós por intermédio de Cristo Jesus. Como diz em João 1.14a: “A palavra se tornou um ser humano e morou entre nós, cheia de amor e de verdade”. Que o Cristo, a palavra em verdade e amor, seja o nosso fundamento na articulação de nossas palavras. Pois as palavras fundamentadas nele não soam vazias, muitos menos incitam ódio e violência, porém promovem o diálogo, a inclusão, a cura, a reconciliação e a salvação.
Pr. Ernani
