Nos tempos de outrora, certo pastor visitava algumas famílias pelo interior. Ele seguia montado em seu cavalo. Naquela manhã, ao sair da primeira visita, viu um piá admirando o seu cavalo. Posso ajudar? Perguntou o pastor. Com todo o respeito, o menino respondeu: Pastor! Tome cuidado. O cavalo estava dando coices no moirão. Há um prego no chão. Ele pode lhe deixar na mão. O pastor ouviu com atenção. Mas, como estava com pressa, apenas agradeceu o conselho. Seguiu adiante até o armazém. Logo que chegou, uma garotinha veio ao seu encontro toda alegre cumprimentando-o. Bom dia, pastor! Logo ali, percebi que o senhor perdeu algo e não irá longe com seu cavalo. Aqui está, entregando assim a ferradura! Naquele momento, o pastor se lembrou do último culto, justamente naquela localidade, onde citou o Salmo 8.2: Da boca de pequeninos e crianças de peito suscitaste força, por causa dos teus adversários, para fazeres emudecer o inimigo e o vingador. Enquanto fazia a visita, solicitou ao ferreiro que revisasse os cascos do cavalo, entendendo que quando Deus fala, cabe-nos apenas ouvir e obedecer.
“Ouço Deus” é uma poesia anônima cantada.