Os Luteranos e o Espírito Santo

21/05/2013

No domingo passado, 19 de maio 2013, celebraremos uma das três maiores festas da igreja. Você lembra de imediato qual é?

Certo..., demora um pouco até cair a ficha. Lembramos de Natal, festa dominada pelo comércio, e também lembramos da Páscoa com os feriados da Semana Santa.

Mas a terceira grande festa anda meio esquecida. Sim, estamos falando de Pentecostes, a festa do derramamento do Espírito Santo, ou como podemos também dizer, a festa de aniversário da igreja.

Nós luteranos somos conhecidos pelo nosso jeito sóbrio longe do estilo “espetáculo” de outras denominações. Tememos com razão confundir as emoções com manifestações do espírito de Deus. Virou nossa marca registrada que em nossos cultos é permitido usar a razão. Não queremos entrar em contradição com a vida lá fora.

Por isso temos um ceticismo histórico com o pentecoste do espírito. Costumamos levar o comentário de outros evangélicos de não sermos “avivados”. Mas pode ser, que justamente este nosso cuidado, para evitar a confusão entre sentimento e espírito, nos capacita para captarmos o sopro dele.

É este espírito que desperta dentro de nos aquela firme convicção que a vida vale a pena e isto principalmente em comunhão com os nossos irmãos e irmãs, com a comunidade e com o mundo. Na vida dos nossos tempos acontece com facilidade que paramos com nossos esforços de comunhão na família, mas o espírito não impele para irmos além.

O próprio Jesus diz: “Quando chegar o Auxiliador, o Espírito da verdade, que vem do Pai, ele falará a respeito de mim.” (João 15,26) O espírito desperta dentro de nós a vontade de Cristo que se resume nesta sua palavra: “O meu mandamento é este: amem uns aos outros como eu amo vocês.” (João 15,12).

Esta palavra nos envia para além da família primeiramente para nossa comunidade, a nossa igreja, e depois para o mundo principalmente aos mais necessitados. É suspeito o cristão que diz amar a Deus e ao próximo e não ama sua igreja. É isto que podemos aprender com Pentecostes.

Quem bom que temos as nossas comunidades como espaço privilegiado de vida que nos tira do isolamento da vida tão somente privada para os novos horizontes do povo de Deus!

 


Autor(a): Guilherme Nordmann
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 21948
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Foi assim que Deus mostrou o seu amor por nós: Ele mandou o seu único Filho ao mundo para que pudéssemos ter vida por meio dele.
1João 4.9
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