Recentemente, encontrei a foto de um antigo púlpito na internet. Logo me veio à mente um questionamento: Onde estão os antigos púlpitos? Devido à pandemia, graças a Deus, as redes sociais se tornaram um púlpito. Apresentou-se uma nova oportunidade de proclamação do Evangelho. Aliás, sempre foi. Mas, agora sendo mais explorada. Há muitas mentes refletindo sobre como proclamar o Evangelho de maneira mais cativante e eficaz através das redes sociais. Mas, volto um passo atrás, especificamente aos nossos templos. Nos quatros locais que habitualmente tenho pregado (Matinhos, Guaratuba, Itapoá e Garuva) nunca houve ou o púlpito tradicional “sumiu”. Sim, há uma tribuna, estrategicamente colocada um pouco à frente e ao lado do altar. Teologicamente, nada pode (ou deveria) ficar em frente do altar, onde a cruz aponta ao sacrifício de Cristo e a Bíblia, à nossa regra de fé. Perdoem-me aqueles que tem o hábito de colocar a banda em frente ao altar ou a tribuna com o pregador. Mas, está errado. As pessoas sempre precisam ficar ao lado, apontando à cruz e à Palavra. Todavia, alguns templos mais antigos ainda preservam o púlpito, que nem sempre é usado pelo pregador. Porque? Apenas refletindo sem julgamento, pois também me incluo no veredito: Muitos ministros, na ânsia de querer estar junto ao povo, evitam as roupas clericais e o “falar de cima para baixo”. Todavia, Deus nos vocacionou. A igreja nos preparou teologicamente. A comunidade nos designou à função de pregador. Não há o que temer. Basta colocar-se sob o Espírito e transmitir “com humildade” o Evangelho. Somos uma igreja histórica, com hábitos antigos, que não devem nos amarrar ao passado. Por outro lado, sem uma razão justificável, não devemos esquecer a nossa história, adotando novidades sem base teológica porque os outros fazem assim. Eu valorizo a minha história. Eu entendo como ponto positivo a história da minha igreja. Essa reflexão pode ser estendida também ao jeito de fazer o culto e aos hinos habitualmente cantados.