Alfredo vivia incomodado consigo mesmo e com as outras pessoas. De jeito algum, conseguia se sentir feliz. Até que, em certo dia, tomou uma decisão. Largou o emprego, fechou sua humilde morada e saiu mundo afora à procura da tal felicidade. Alfredo percorreu muitos caminhos. Não queria descansar até encontrar um lugar para ser feliz. De cidade em cidade, vagou anos a fio. Até que, numa manhã ao acordar debaixo de uma parada de ônibus, percebeu que estava ficando velho. Os olhos estavam fracos. As pernas cansadas não lhe ajudavam mais na busca. Então, ajoelhou-se e orou: Meu Deus! Não aguento mais. Ajude-me. Mas, mesmo assim levantou-se e seguiu adiante. Dobrando a esquina, parou em frente de uma antiga casa abandonada. Tomou a decisão. Vou ficar aqui mesmo nos meus últimos dias. O mato estava cobrindo tudo em volta. Devagar foi entrando, abrindo espaço entre as teias de aranha, batendo o pó acumulado. À medida que dava seus passos, ia sonhando com o sossego da “nova” morada. Até fez alguns planos: Vou plantar flores, pintar, arrumar isso, fazer aquilo, enfim vou procurar ser feliz aqui mesmo. De repente, ao entrar na sala e abrir a janela, deixando a luz do sol entrar, deparou-se com uma foto na parede. Limpou-a com a manga da camisa e descobriu: Era sua própria foto. De tantas voltas, acabou retornando à própria casa. De tantas buscas, decidiu ser feliz em seu próprio lar. Novamente se ajoelhou e agradeceu a Deus pelo retorno ao lar. Assim diz o Sábio: “Como é feliz a pessoa que acha a sabedoria, aquele que obtém entendimento” (Provérbios 3.13).
Com Júlio César & Marlene, “Felicidade”...