Artur era rico e muito inteligente. Ele achava que o mundo girava em torno dele. Todavia, vivia insatisfeito. Não tinha alegria no coração. Sentia-se cada vez mais sozinho e deprimido. Resolveu, então, participar de um retiro espiritual. O encontro ocorreu na praia. Bem próximo, havia uma vila de pescadores. De tardezinha, o sacerdote conduziu Artur para junto da janela, protegida por um grande vidro. Questionou: O que você vê? Estou vendo os pescadores limpando seus barcos e as crianças jogando bola. Em seguida, o sacerdote conduziu-o para frente de um espelho enorme na sala. E agora, o que você está vendo? Ora... Vejo apenas a mim mesmo. Então, uma lição veio do Mestre: Tal como o vidro é o ser humano! Tanto a janela, quanto o espelho são de vidro. Mas, basta um pouquinho de prata para que não enxerguemos os nossos semelhantes... Apenas a gente mesmo. O amor de Jesus nos permite olhar com “clareza” o outro, amando, perdoando e servindo. A parábola do Bom Samaritano nos desafia a amar, mesmo aquele que é diferente, ajudando dentro das possibilidades (Lucas 10. 25-37). Todavia, sempre é necessária certa “desacomodação”. A alegria vem junto à boa ação.