Mariane Beyer Ehrat
Pastora Sinodal
Neste final de semana a IECLB elegeu sua nova presidência. Compartilho algumas idéias, expostas também no Concílio, que somadas a outras, podem nos auxiliar na edificação da IECLB.
Olhando para o futuro, a Igreja Evangélica da Alemanha já se planejou até o ano de 2030. E, nós, que Igreja queremos ser? Esta é a primeira pergunta que a IECLB deve poder responder. Entendemos que uma ampla reflexão eclesiológica, junto a um Planejamento Estratégico, auxiliará a IECLB nesta busca e indicará o rumo a seguir.
Quanto à presidência: ela precisa ser propositiva e pastoral e atuar em sintonia e sincronia com os pastores sinodais e o Conselho da Igreja. É premente que ela invista esforços na motivação dos pastores/as, diáconos/as, catequistas e missionários/as, visto que a missão passa por lideranças eclesiásticas capacitadas que servem com alegria e paixão.
Lutero falava de um “magno consenso”. É necessário que na IECLB se invista na construção de consensos teológicos e práticos. O PAMI traçou um método comum de se fazer planejamento nas comunidades, falta-nos um currículo básico de conteúdos que deveriam constar em cada um dos quatro principais eixos do PAMI, na evangelização, comunhão, diaconia e liturgia. Com isso, de forma conjunta, estaríamos construindo e preservando a unidade teológica na nossa igreja.
A formação é um caminho de missão. Na prática, sentimos que com a implantação do PAMI cresce o pedido por cursos e assessorias. E, como conseguiremos suprir estas demandas? Um caminho é a IECLB viabilizar o financiamento de mais assessorias de formação nos sínodos. Simpatizamos com a idéia de que várias assessorias sinodais venham a trabalhar de forma sintonizada na IECLB, elaborando e trocando materiais entre si.
Na área de pessoal, vimos como pontos relevantes: Investir de forma mais sistemática no aprimoramento teológico-prático continuado dos ministros/as; implantar programas que visam o cuidado preventivo aos ministros/as, a fim de que nossos cuidadores tenham um espaço para tratamento e acompanhamento profissional em situações de crise; e,traçar diretrizes básicas comuns para as avaliações de ministros/as.
Há que se citar ainda, que a missão de Deus é sustentada por corações que doam com alegria. A sustentabilidade da Igreja passa pela fé. E, quem sabe seja hora de pensarmos num “ministério de finanças” na IECLB, que venha a refletir também sobre possíveis rendas alternativas na Igreja.
Por fim, o fundamento da Igreja está posto, é Jesus Cristo. O que na continuidade pretendemos, é apenas sermos prudentes construtores como cooperadores/as na obra de Deus.