É novamente 15 de Outubro! Cada estabelecimento de ensino procurando uma forma de falar deles, delas. E cada um deles, cada uma delas procurando reinventar a própria vida, procurando encontrar-se neste turbilhão que se tornou a escola.
Se fecho os olhos, vejo desfilarem diante de mim alguns docentes que, simplesmente, contribuíram para eu ser a mulher que sou hoje. Alguns do meu tempo de infância; outros, de minha adolescência; outros, da academia; outros, da atualidade. Não me imagino sem um professor, uma professora. Afinal, parafraseando uma fagulha de Lutero, diria que “aprenderei até ao túmulo”.
A tarefa de educar é uma tarefa muito especial e importante, pois ela se envolve diretamente com a vida, com etapas da vida, com valores e, eu diria até, com a sobrevivência do mundo. Ela inicia em casa; aprofunda-se na escola; segue por toda a vida.
Falar sobre nossos docentes exige movimento: rememorar a caminhada, sentir o que temos guardado lá dentro de nós, olhar bem nos olhos e olhar para frente. A partir deste último movimento, analisando esta nova conjuntura, pergunto-me pelo lugar do docente em nossa sociedade. E em nosso coração. No fast food, no volátil, na informação instantânea, no pandemônio consumista, pergunto-me aonde encaixar a minha professora, o meu professor. Eu não tenho dúvidas de que ela/ele é insubstituível. Mas como demonstrar que o “ensino vale mais que a prata e a sabedoria que o ouro”?
Minha querida professora! Meu querido professor! Como poderia homenagear-lhes? Como dizer que são fundamentais em minha vida? Como pedir-lhes perdão por não ter correspondido e perdoar-lhes quando não foram o que esperava? Como garantir-lhes um salário digno e o direito do piso salarial? Como equipar escolas e garantir a acessibilidade a todos?
Eu sei, não basta o meu reconhecimento. Ainda assim, o faço. Oxalá este desencadeasse uma rede e o sonho, embalado, se tornasse a mais pura realidade. Não sou a única. Nem vocês! Quem sabe, falta darmos as mãos, olharmos nos olhos e, juntos, na mesma direção. Seria um começo? Seja como for, eis aqui a minha mão! A mão de Deus, eu sei, já está aí. Com Ele, caminhamos!
Parabéns!
Pa.Ms.Ana Isa dos Reis - Comunidade Evangélica Ijuí/CEI