Zé era um construtor que estava perto da aposentadoria. Ele queria ter uma vida mais calma com sua família, cuidando dos seus netos. Então, contou ao dono da empreiteira os planos de largar as obras. Disse que sentiria falta do ganho mensal. Mas, fisicamente necessitava parar. Estava decidido a morar nos fundos da casa do filho mais velho e curtir a família. Além de patrão, o empreiteiro era amigo. Sentiu em saber que perderia alguém que, por tantos anos, estava ao seu lado, sempre pronto para ajudar. Então, cordialmente pediu-lhe que construísse, como um favor especial, a última casa. Zé topou o desafio. Ficou ainda mais feliz por saber que a obra ficava próxima à casa do próprio filho. Mas, o que aconteceu? Com o passar dos dias, o coração dele não estava mais no trabalho. De fato, Zé não se empenhou no serviço, fazendo tudo de maneira relaxada, utilizando material inferior. Uma triste forma de encerrar sua missão. Quando o amigo veio ver a casa pronta, de imediato entregou-lhe a chave da porta, dizendo: Parabéns! Por tua dedicação assídua de tantos anos, a casa é sua. Zé ficou envergonhado, pois se soubesse que estava construindo a sua própria morada, teria feito completamente diferente. Não teria sido relaxado. Usaria material de primeira linha. Entretanto, agora teria que morar numa casa feita sem capricho. Lição: Coloque-se agora na situação do Zé. Pense na vida, família e carreira. Cada dia martelamos um prego novo, levantamos uma parede ou colocamos uma janela. Precisamos construir sempre com sabedoria, pois a vida é o nosso maior projeto. O amanhã será resultado das atitudes e escolhas que fizermos hoje.
De 1984, “Isto que é Felicidade” com Sandrinha.
