O vento e o sol brigaram. É que um queria ser mais forte que o outro. Resolveram que competiriam entre si para ver quem era o mais poderoso. O vento saiu na frente:
Veja aquele homem, lá longe? Ele acabou de comprar uma manta nova, quentinha, macia, gostosa de usar. Aposto que tiro a manta do seu pescoço com um simples sopro. Observe... E o vento soprou forte, soprou com toda a sua força. Quanto mais o vento soprava, mais o homem segurava a sua manta em torno do pescoço. No final das contas, o vento cansou e acabou entregando os pontos.
Agora chegou a minha vez – disse o sol. Ele, bem de mansinho, foi centrando suas ondas de calor sobre o homem. Assim, a cada minuto, foi aquecendo-o mais e mais. De repente, o sujeito se deu conta do calor e, cheio de alegria, retirou a manta do pescoço.
Erra quem pensa que pode desafiar uma pessoa a fazer alguma coisa com barulho de vento muito forte. Muitas vezes nós conseguimos algo dos outros com um pouco de acarinhamento, daquele calor que só nós podemos gerar a quem está próximo. O Espírito de Deus não venta mais tanto como ventava. Aquele vento que Ele ventou em Pentecostes matou a preguiça dos discípulos, desafiou os apóstolos a colocar o “pé na estrada”. Deus teve que soprar daquele jeito porque era hora de fazer assim.
Hoje, Deus prefere “aquecer-nos” com o fogo do Seu amor. Esse calor, muito mais poderoso que o vento, é como a chama que nos aquece quando é frio; que clareia o ambiente quando existe escuridão. Deus sabe que o mundo está agitado e que as pessoas não precisam mais de ventanias para ser desafiadas a criar novas atividades, mais coisas para fazer. Penso que todos carecemos desse calor derretedor da fria armadura que, às vezes, colocamos como escudo sobre o nosso coração, para não sermos tocados pelas propostas da ação de Deus. Não é assim que, volta e meia, experimentamos um frio de rachar dentro do nosso grupo? O calor do carinho de Deus nos aquece desses momentos frios já aqui e agora no momento em que nos deixamos aquentar pelo Espírito Santo.
Permitamos que o calor de Deus queime nossos problemas. Apontamos o dedo para os problemas dos outros com facilidade e, juntos, varremos as nossas próprias dificuldades para debaixo do tapete. Não somos melhores do que ninguém. Coloquemo-nos ao lado das pessoas que erram; aceitemos as pessoas tal como elas são. Permitamos que Deus retire de dentro de nós a ideia de que somos os donos da verdade. Peçamos a Deus para que nos auxilie no entendimento de que estamos a caminho, em busca da verdade que é Deus e nada mais.