Encontro II - Mateus 26.26-30
A) Intenção
A parábola do filho pródigo mostra com clareza: quando negamos respeito e amor a Deus e ao próximo, acabamos em solidão e culpa capazes de nos autodestruir.
Como reage Deus quando lhe negamos o amor, quando ferimos os seus sentimentos e os de nosso próximo?
Deus não se defende contra nossa rejeição. É sua decisão livre aceitar o sofrimento que nós lhe causamos.
Que Deus sofre por amor nos é demonstrado em toda radicalidade pela paixão de Cristo. O filho de Deus não foge do ataque do mal. Livremente, sujeitando-se à vontade de seu Pai, o filho enfrenta o mal e sua agressão sem defender-se ou revidar. Absorveu todo o mal e levou-o junto à morte.
O sofrimento de Jesus atinge Deus. Deus sofre quando seu filho torna-se vítima da violência desumana. Mesmo assim, ele não se vinga. Nem mesmo, quando seu filho é torturado até a morte. Ele permanece amando o ser humano, sua criatura. É o mistério do amor divino que está disposto a pagar este alto preço, “para o perdão dos pecados”. O amor toma sobre si o mal e o supera com o bem.
O mistério do amor é o mistério de nossa salvação: nenhuma culpa, por maior que seja, pode obstruir nosso caminho para Deus. Mesmo que tenhamos nos afastado dEle, mesmo que tenhamos magoado nossos semelhantes ou prejudicado nossa própria vida - sempre podemos retornar a Deus. Ele nos recebe com braços abertos e nos aceita em sua comunhão.
B) Textos
Palavras da instituição da Santa Ceia
Mt 26.14,16; 26.20-25; 26.26-30
C) Outros auxílios - textos paralelos
Mateus 26.26-30:
- Manual do Culto Infantil - 1990 - página 129
Marcos 14.22-26:
- Manual do Culto Infantil - 1988 - página 21
Lucas 22.14-20:
- Crescendo com Jesus - Volume I - 3º Encontro
- Manual do Culto Infantil - 1987 - página 44
1 Coríntios 11.22-25:
- Crescendo com Jesus - Volume IV - 4º Encontro
- Manual do Culto Infantil - 1983 - página 189 - 3º Encontro
D) Preparo
Material necessário:
1. Mesa / se possível baixa
2. Toalha branca
3. Utensílios da Santa Ceia / prato e cálice
4. Vela branca
5. Retroprojetor
Disponha as cadeiras em semicírculo ao redor da mesa.
1. No centro do ambiente está uma pequena mesa . se possível uma mesa baixa - coberta por uma toalha de mesa branca. Sobre a mesa estão os utensílios da SantaCeia e uma vela branca acesa. O retroprojetor está preparado com uma transparência retratando a última ceia (arquivo: “preparo das criançasfig-última ceia”). As crianças estão sentadas em semicírculo em redor da mesa, diante da tela de projeção.
2. Convém:
. que o orientador leia o texto com antecedência e providencie o material necessário para o encontro.
. que arrume o ambiente antes da chegada das crianças
3. Escolha hinos fáceis para serem cantados com a turma. E organize o encontro com uma seqüência clara: Saudação / Invocação / Oração / Cantos / História bíblica / Atividade / Etc.
E) Transcurso
1. A/o dirigente inicia com uma breve recapitulação do encontro anterior.
2. Após, introduz o tema do dia: “O tema de hoje também trata de uma ceia festiva, aliás, uma ceia muito especial. O que aconteceu antes desta ceia e como ela transcorreu, vamos ficar sabendo logo mais.”
3. A/o dirigente conta a história da traição de Judas (Mt 26.14,16) e a menção que Jesus faz desta traição (Mt 26.20-25).
4. Uma transparência retratando a última ceia é projetada. A narrativa é aprofundada a partir da pergunta: “O que será que os discípulos estão conversando? O que revelam os seus rostos, sua expressão corporal? Quem descobre o traidor? Como é possível reconhecê-lo?”
O/a dirigente segue: “Jesus sabe quem irá traí-lo e fala abertamente sobre isso. Ele podia ter mandado os outros discípulos pegarem Judas e castigá-lo. Mas não o faz. Ele também não o exclui da ceia festiva.”
5. A/o dirigente narra como Jesus instituiu a Santa Ceia, baseando-se no texto de Mateus 26.26-30 e as palavras da instituição constantes na agenda litúrgica.
(A/o dirigente narra a história, acompanhando-a com os gestos correspondentes).
(O/a dirigente toma a patena/o prato nas mãos).
“Assim como Jesus já havia feito tantas outras vezes (lembrar o encontro anterior), ele toma na mão o pão e agradece a Deus pelas boas dádivas. Então ele parte o pão em pedaços. Enquanto ele parte o pão, porém, desta vez ele diz algo que nunca tinha dito antes: ‘Tomem e comam, isto é o meu corpo, que é dado por vocês, façam isto em memória de mim’”.
“Através destas palavras, Jesus quis dizer a seus discípulos: este pão - sou eu. Este pão - é o meu corpo, que é partido por vocês. Este pão - é a minha vida que eu ofereço em sacrifício por vocês. E assim como eu estou festejando com vocês, assim vocês devem sempre festejar e lembrar-se de mim. Lembrem-se daquilo que fiz por vocês. Quando vocês estivem juntos, festejando e lembrando-se de mim, vou estar com vocês e abençoá-los.”
(A/o dirigente toma o cálice vazio nas mãos).
“Como era costume, no final da ceia festiva, Jesus também tomou nas mãos o cálice e agradeceu a Deus pela refeição. Desta vez, porém, ele diz algo que nunca tinha dito: ‘Tomem e bebam dele todos. Este cálice é a nova aliança no meu sangue, derramado em favor de vocês, para a remissão dos pecados. Façam isto, todas as vezes que o beberem, em memória de mim’”.
Com isto Jesus quis dizer a seus discípulos: “Este vinho - é a minha vida. Por vocês e por todas as pessoas ofereço a minha vida. Carrego sobre mim toda a culpa da humanidade e a levo para a morte. Assim, não existe mais nada que possa separar vocês de Deus. Mesmo que vocês fujam e se afastem de Deus, mesmo que vocês se tornem culpados, mesmo assim, a qualquer momento, vocês podem retornar para Ele. Deus quer ter comunhão com vocês e permanecer ligado a vocês. Lembrem-se de tudo isto todas as vezes que festejarem esta ceia. Então estarei com vocês, presenteando meu amor no pão e no vinho.”
O/a dirigente dá o cálice à primeira criança do semicírculo: “Este belo cálice nós usamos quando festejamos a Santa Ceia. Vejam como é bonito - e depois passem adiante.”
6. Se houver tempo: dar oportunidade para que as crianças digam o que mais chamou a atenção nesta unidade.
7. Seguem: canto, oração, Pai-Nosso e benção, encerrando o encontro.
