O rato da cidade e o rato do campo

13/08/2008

Certo ratinho da cidade resolveu fazer um banquete para seu compadre que morava na roça. E convidou-o para uma festança, marcando lugar e hora.

Veio o rato da roça, e logo de entrada muito se admirou do luxo de seu amigo. A mesa era um tapete finíssimo, e as comidas eram coisa papa-fina: queijo do reino, presunto, pão-de-ló, amendoim torrado, salgadinho. Tudo isso dentro de um salão de quadros, estatuetas e grandes espelhos de moldura dourada. Puseram-se a comer.

No melhor da festa, porém, ouviu-se um rumor na porta. Como um raio o rato da cidade fugiu para o seu buraco, deixando o convidado sozinho e de boca aberta.

Não era nada, e o rato fujão logo voltou e prosseguiu no jantar. Mas desconfiado, de orelha em pé, atento aos mínimos rumores da casa.

Daí a pouco, novo barulhinho na porta e nova fugida do ratinho.

O compadre da roça franziu o nariz.

Sabe do que mais? Vou-me embora. Isto por aqui é muito bom e bonito mas não me serve. Muito melhor roer o meu grão de milho no sossego da minha toca do que me fartar de gulodices caras com o coração aos pinotes. Até logo. E foi-se.

P. Jair L. Holzschuh


Autor(a): Jair L. Holzschuh
Âmbito: IECLB / Sinodo: Uruguai
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 8576
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João 8.31-32
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