Sem muita cerimônia, Guto se aproximou e questionou: Mãe! O que você quer que eu seja quando crescer? A mãe deixou o livro de lado e olhou demoradamente ao pequeno, devolvendo o questionamento: Porque você pergunta? Ontem, na escola, meu colega me disse que quer ser advogado porque, tanto o avô, quanto seu pai também são advogados. Por isso pergunto. Eu estou curioso sobre o desejo de vocês. Então, a mãe “pensou” em voz alta: O que será que eu e o seu pai desejamos de você? Guto estava concentradíssimo para ouvir a resposta. Mas, a mãe apenas abraçou forte o filho e disse: Eu quero que você seja uma pessoa feliz. Guto não ficou muito satisfeito com a resposta. Quieto e bem devagar se afastou, achegando-se ao pai, que estava na cozinha. Olhando nos olhos do pai, repetiu a pergunta: Pai! Qual será a minha profissão quando crescer? Meu filho – disse ele - a escolha do seu futuro cabe apenas a você. Isso não me compete, tampouco me causa maiores preocupações. O que eu quero de você é outra coisa. Então, Guto curioso questionou: O quê? Quero que você escolha o caminho certo, mesmo que ele seja o mais longo e difícil. Quero apenas que você seja feliz. Isso só será possível se você confiar em Deus. Não me interessa o título que vai carregar. O que mais me interessa é “como” você vai exercer sua profissão. Naquele momento, Guto não ficou satisfeito com as respostas da mãe e do pai. Contudo, algum tempo depois entendeu que, por mais promissoras que sejam algumas carreiras, não cabe aos pais escolherem o caminho dos seus filhos. Antes, cabe ao casal prepará-los para que sejam boas pessoas, tendo a vida em dia com Deus. Por isso, sempre de novo, Guto agradecia ao Senhor pelos pais que tinha. Paulo aconselha aos cristãos de Éfeso: “Criem seus filhos na disciplina do Senhor” (Efésios 6.4).