Jessé saiu do bar meio tonto. Embarcou e seguiu em direção à sua casa. Mas, não chegava nunca. Estava demorando bem mais do que o normal. Lá pelas tantas, sentiu um forte cheiro de queimado. Então, descobriu que estava com o freio de mão puxado. Ao parar próximo à ponte, queria esfriar os freios do automóvel. Nisso reparou que não havia ponte. Dias atrás, ela foi carregada por uma enxurrada. Jessé não havia lembrado do ocorrido. Caso seguisse naquela noite, cairia no rio e, quem sabe, perderia sua vida. Sentado no meio-fio da ponte, mesmo bêbado, refletiu sobre a situação e tomou uma decisão. O freio de mão salvou a sua vida. Do descuido, veio uma lição. Contudo, o que de fato fazia-o atrasar, em todos os sentidos, era o vício, que o levou quase à morte. Ao chegar em casa, compartilhou com a esposa a descoberta e também a decisão de largar o álcool. Ela elevou os olhos aos céus e deu graças a Deus. Do seu jeito, Deus falou e conduziu Jessé.
Um clássico na voz dos Amigos de Teutônia, “Foi na Cruz”.