Após uma longa caminhada, certo jovem chegou numa vila distante de tudo. Na entrada encontrou um velho brincando com seu cachorro. O jovem cumprimentando-o perguntou: Como são as pessoas que vivem aqui? São pessoas de bom coração? O velho sorrido respondeu com outra pergunta: Rapaz! Que tipo de pessoa vive no lugar de onde você veio? Eram egoístas e malvados. Aliás, estou satisfeito por conseguindo sair de lá. O idoso replicou: Infelizmente, é a mesma situação que você vai encontrar por aqui. Desanimado, o jovem foi adiante. No dia seguinte, outro jovem se aproximou da mesma vila. Vendo o velho, perguntou-lhe: Como são as pessoas que vivem nesse povoado? Seguindo seu estilo, o idoso respondeu com a pergunta: Que tipo de pessoas vive no lugar de onde você veio? O rapaz respondeu: Deixei para trás amigos, dos quais sinto muita saudade. Logo, quero voltar para minha terra. O mesmo encontrará por aqui, respondeu o idoso. Aqui você terá muitos amigos. Uma vizinha - que escutou as duas conversas - perguntou ao velho: Como é possível dar respostas contrárias à mesma pergunta? De alguém que já experimentou muito na vida, ouviu: Cada um carrega no seu coração o que tem a oferecer. Aquele que nada encontrou de bom nos lugares por onde passou, não poderá encontrar outra coisa por aqui. Aquele que encontrou amigos, também os encontrará aqui. De fato, somos todos viajantes. Escrevemos o nosso futuro desde o nascimento. Ou seja, cada um encontra na vida exatamente aquilo que traz dentro de si mesmo ou aquilo que semeia na sua jornada. O presente e o futuro, nós criamos. A escolha depende de nós mesmos.
