Eu não lembro da última vez que vi um “tatuzinho” no jardim. Existem dois possíveis diagnósticos. Em primeiro lugar, a minha nítida falta de observação. De repente, a vida se tornou tão corrida que perdi a capacidade de observar as pequenas coisas. Para isso, só há uma solução: Mudar o ritmo ou literalmente parar. Como Criador, Deus fez tudo nos detalhes. Quem observa os detalhes passa a adorar as maravilhas do Senhor. Infelizmente, a correria nos tira a capacidade de adoração. Porém, há outra possível resposta: De fato, os “tatuzinhos” sumiram. Opa! Daí é preciso mudar totalmente a direção da reflexão. O que eu fiz para que os bichinhos sumissem? Será que há um desequilíbrio na natureza? Novamente, volto-me ao Criador e ao chamado do Éden: Guardar e cultivar! Ou seja, sou igualmente responsável pelo desenvolvimento pessoal e conjunto da sociedade, todavia sem causar destruição. Também aqui, se necessário, é preciso uma conversão. Parar e admirar. Guardar e cultivar. Agora, me diga: Você tem visto abelhas, borboletas, libélulas, lesmas, caracóis, louva-deuses? O que é que há?
De 2016, “De Volta Para o Sertão” com André da Viola.