a) Expor um cartaz em forma de nuvem em papel kraft com a frase “O que é importante para você?”.
b) Conversar um pouco sobre quais as coisas que damos valor e que nos fazem felizes no mundo de hoje.
c) Distribuir revistas para cada um recortar uma figura que represente aquilo que considera mais importante para a sua vida hoje e cole no cartaz que estará exposto.
d) Depois das figuras coladas fazer uma reflexão sobre as figuras que foram coladas no cartaz e escrever no quadro ao redor do cartaz, palavras que expressem o que os recortes significam na vida de cada um dos jovens. Lançar a pergunta: será que isso é mesmo importante para mim e para os outros? Refletir alguns momentos.
e) Leitura do texto Bíblico João 10.1-18: Jesus se apresenta como o Bom Pastor que cuida das ovelhas, diferente dos mercenários que querem dispersar e matar o rebanho. Cuidar para manter contato com o Bom Pastor para reconhecer sua voz e não ser confundido pelas vozes do mundo! Neste momento fazer uma ponte entre o que foi discutido até o momento e a leitura bíblica.
f) Dividir a turma em grupos de quatro pessoas e entregar para cada grupo uma cópia do texto “A ideologia do porco” junto com o texto as perguntas para que os grupos leiam, discutam e respondam.
g) Compartilhar as idéias com o grande grupo, pedir para que alguns leiam suas respostas. Discutir com eles as respostas e as opiniões colocadas.
h) Incentivar para que compartilhem histórias de diferentes práticas e momentos de desenvolvimento da espiritualidade.
i) Encerrar com uma oração.
TEXTO A IDEOLOGIA DO PORCO
Recentemente apareceu um anúncio na televisão do país, fazendo propaganda dos produtos de determinado frigorífico. Essa propaganda consistia em um desenho animado: um porquinho, pulando corda, dizia a um boi: Preciso ficar forte e sadio, vou ser salsicha. E o boi respondia: Eu também, ora!
Se esse porco fosse um ser humano teríamos um exemplo típico de alienação absoluta: prepara-se para ser comido e, pelo que se vê no desenho, com muita satisfação, pois foi criado, alimentado, engordado, para o fim específico de ser comido, frito, assado ou como cachorro-quente.
O singular é que encontremos no mundo dos homens um grande número de criaturas que se deixam engordar para serem devorados.
Nesse nosso mundo de alienações, de despersonalização e inconscientização crescente, encontramos duas categorias fundamentais: 1) os que já são ou que serão salsichas; 2) os que comem as salsichas. E uma categoria intermediária, igualmente importante, e do mesmo modo alienada e devidamente devorada: a dos pais, professores, intelectuais, sacerdotes, políticos que preparam as salsichas para o grupo 2.
Dentro desse espírito, a ideologia do porco, vemos criaturas humanas que vão para o trabalho, no qual empenham sua própria vida para gozo de outros; jovens que vão para a guerra para serem mortos, sabendo que vão morrer, até sentem satisfação, acreditando que vão defender a civilização ocidental e cristã; seres humanos que engolem publicidade e produtos que a mídia oferece; e homens que se prestam ao papel de ensinar aos jovens que tudo isso é muito certo e muito justo.
Não somente as condições do sistema de produção e das instituições da propriedade privada os empurram para isso. Foram desde cedo induzidos a crer que o mundo é assim e que assim deve ser.
O que se verifica, em resumo, é uma tendência a transformar os jovens em animais domesticados que marcham passivamente, como bois, carneiros ou porcos, para o matadouro sem saber que vão ser transformados em filés os salsichas.
