O Poder do Exemplo

19/09/2019

Quando falamos do poder do exemplo, logo nos vêm à mente a famosa frase:

UM EXEMPLO VALE MAIS DO QUE MIL PALAVRAS.

E assim realmente é. Desde que somos crianças, nós imitamos nossos pais. Começa pelo falar. Imitamos o que nossos pais dizem. É assim que aprendemos a falar: IMITANDO!

E é assim que seguimos vida afora. Crianças maiores imitam os seus pais. Jeito de ser, de agir, até de pensar. Por isso, há também o ditado:

FILHO DE PEIXE, PEIXINHO É.

Ou:

A FRUTA NUNCA CAI LONGE DO PÉ.

E os dois fatos mais famosos do exemplo que destoa daquilo que falamos são os seguintes:

Falamos a nossos filhos que eles NÃO DEVEM MENTIR. Então, lá pelas tantas toca o telefone. O pai ou a mãe não querem atender. E então dizem:

- Filho, atende o telefone e, se for para mim, diz que eu não estou.

Também falamos para nossos filhos que ELES NÃO DEVEM DIZER PALAVRÃO. Mas, quando eles não estão nos vendo, falamos:

- Aquele FDP me passou para trás. PQP! Aquele desgraçado....

Hoje em dia, falar palavrões já não é mais errado. Quem está errado é quem NÃO fala palavrão! Vejam que exemplo nós deixamos para nossos netos!


E eu gostaria de avançar um pouco mais na nossa reflexão e ver o que a Bíblia nos diz, pois ela é a base da nossa fé:

O primeiro: do Evangelho de João 13.15, onde Jesus diz: “Porque EU LHES DEI O EXEMPLO, para que, como eu fiz, vocês façam também.

Vejam: Jesus veio a este mundo para nos ensinar a vontade do Pai. Ele falou, ensinou. Mas, acima de tudo, ELE DEU EXEMPLO.

Ele não só falou que todos devem ter o pão de cada dia. Ele também partiu o pão com todos – nas duas multiplicações do pão que fez.

Ele não só falou que todos deveriam perdoar, mas ele mesmo perdoou os que o estavam crucificando ao dizer do alto da cruz: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.

Ele não só falou que aquele que quer ser o maior entre seus seguidores deve ser escravo do outro. Ele também mostrou isso quando lavou os pés dos discípulos.

Ele não somente falou que deveria haver paz e não guerra. Ele também deu exemplo disso quando Pedro sacou da espada e cortou a orelha de um dos que o vinham prender. De imediato, Jesus repreendeu Pedro e curou a orelha daquele que tinha vindo prendê-lo e matá-lo!

O segundo: da terceira carta de João, versículo 11: AMADO, NÃO IMITE O QUE É MAU E, SIM, O QUE É BOM.

João conhece o ser humano. E sabe que a tendência do ser humano É SEMPRE IMITAR O QUE É RUIM, O QUE É MAU.

Vejam se não é assim: começa desde a escola. Aquele que é bom, que obedece as regras da escola, que não cria encrenca, que estuda, é chamado de NERD e outras expressões que o deixam constrangido. Mas aquele que faz bagunça, que gazeia aula, que dá mau exemplo – este é ADMIRADO pelos colegas.

E assim vai pela vida afora. Existe uma tendência dentro de nós de seguir os maus exemplos. Se fôssemos usar palavras de Martin Lutero, o Reformador, iríamos dizer que o VELHO ADÃO é que existe em nós quem está se manifestando. Martin Lutero diz:

(O velho Adão e a nova pessoa que nasce do Batismo) nos acompanharão pela vida inteira, de modo que a vida cristã é simplesmente um BATISMO DIÁRIO, iniciado uma vez e em constante andamento. Pois o tempo todo é preciso varrer fora o que é do velho Adão, para que apareçam as qualidades do novo (homem).

Termino com as palavras de Jesus:

“Porque EU LHES DEI O EXEMPLO, para que, como eu fiz, vocês façam também.”
 


Autor(a): P. Elton Pothin
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 53347
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