O Pai Nosso - A Quarta Petição

Auxílio Homilético

24/03/1982

O pão nosso de cada dia nos dá hoje

Meinrad Piske

I — O texto do Catecismo

Que significa isto? Deus, em verdade, dá o pão de cada dia, mesmo sem a nossa prece, a todos os homens, também aos ímpios. Mas suplicamos nesta petição que nos faça reconhecê-lo e receber com agradecimento o pão nosso de cada dia.

Que significa o pão de cada dia? Tudo o que pertence ao sustento e às necessidades da vida, como por exemplo: comida, bebida, vestes, calçado, casa, lar, campos, gado, dinheiro, bens, consorte fiel, filhos piedosos, empregados fiéis, superiores piedosos e fiéis, bom governo, bom tempo, paz, saúde, disciplina, honra, leais amigos, bons vizinhos e coisas semelhantes.

II — Considerações exegética

1. A explicação de Lutero da Quarta Petição no Catecismo Menor é uma opção exegética e de interpretação. Explicando que o pão nosso de cada dia é tudo aquilo de que o homem precisa e necessita para o seu sustento e enumerando a comida e a bebida, as vestes e os calçados, a casa, o lar e os campos e incluindo nesta relação também a família, o trabalho, o governo, os amigos e os bons vizinhos, Lutero optou claramente pela compreensão do pão nosso, como sendo aquilo de que cada pessoa necessita para poder viver. Ainda conseguiu, por intermédio da enumeração, mostrar em grande amplitude tudo aquilo que está ligado à palavra pão. Iwand soube sintetizar esta explicação da prece da seguinte maneira: Das explicações de Lutero nos sabemos que nesta prece estão incluídos os pedidos por justiça, paz e bom governo (p. 74). E Helbich afirma: Lutero foi o primeiro que reconheceu que nesta Quarta Petição está incluída toda a vida econômica e social dos homens de todo o mundo. Nestes espaços enumerados, especialmente no setor econômico, são tornadas decisões importantíssimas (p. 51). Compreendendo-se a Quarta Petição nesta linha de Lutero e dos intérpretes de Lutero, entendemos que toda a vida económica e social e também a esfera política estão incluídas nesta uma prece.

2. Uma outra possibilidade de interpretação desta prece vai no sentido de entendermos a expressão pão nosso não como sendo a comida e os bens materiais de nossa vida, mas no sentido escatológico e espiritual. Tertuliano e Orígenes escreveram que esta Quarta Petição deve ser interpretada e que seu verdadeiro sentido é este: Dá-nos o pão da vida, que é Jesus Cristo. Esta interpretação ocorreu muitas vezes na história da Igreja e até nos nossos dias ainda podemos encontrar explicações como esta.

Creio que devemos olhar com respeito para esta linha de interpretação, porque ela tem suas raízes nos próprios textos dos Evangelhos de Mateus e de Lucas. Já a tradução de Almeida nos deixa entrever uma diferença na formulação desta Quarta Petição do Pai Nosso. Uma comparação mostra o seguinte:

LUCAS 11.3 : O pão nosso cotidiano dá-nos de dia em dia.

MATEUS 6.11: O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.

O verbo dar é usado no texto de Lucas na forma do presente, significando um dar contínuo, sempre de novo, um dar que se repete, no sentido da expressão de dia em dia, enquanto que no texto de Mateus ele é usado na forma do aoristo que indica uma só ação, de uma vez por todas, sem repetições. Enquanto Lucas pede pelo pão de cada dia, sempre de novo, Mateus pede pelo pão para hoje, para um dia. Desta forma o texto de Lucas indica para a necessidade diária, para o que o homem necessita diariamente, enquanto que o texto de Mateus tem uma conotação escatológica, indicando o pão celestial ou o pão da vida, lembrando por exemplo Mt 8.11, onde o Reino é comparado a um banquete.

Concluímos que Lucas aponta mais para a necessidade diária do homem, o pão e a comida de que o homem necessita para poder viver, e que Mateus aponta na direção de um entendimento escatológico.

3. A prece que se dirige a Deus, pedindo pelo pão de cada dia pressupõe que Deus é o doador de tudo aquilo de que o homem precisa para viver. Esta é uma questão básica que encontramos refletida em muitas páginas das Escrituras que descrevem Deus como sendo o Pai da casa que cuida dos seus. Já no primeiro capitulo de Gênesis Deus, o Criador, indica a alimentação ao homem; também na história do maná do deserto Deus providencia o alimento de que o povo necessita; o mesmo vemos expresso no Salmo que diz: Em ti esperam os olhos de todos, e tu, a seu tempo, lhes dás o alimento. Abres a tua mão e satisfazes de benevolência a todo vivente (S1145.15-16). O mesmo encontramos no Novo Testamento, por exemplo no Sermão do Monte onde Jesus diz: Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves? (Mt 6.26).

A Quarta Petição do Pai Nosso não traz um pensamento estranho quando pede a Deus o pão, mas está na linha da compreensão amplamente difundida na Bíblia de que o Criador é o doador das dádivas com as quais sustenta os seus filhos.

III — Meditação

1. Podemos seguir a sequência das palavras desta Quarta Petição e auscultá-las, tentando descobrir o seu conteúdo e interpretar este conteúdo para a nossa vida e realidade. Devemos observar a explicação de Lutero de que Deus dá o pão a todos os homens, também aos ímpios, Isto é, também àqueles que não pedem e que não crêem.

O sentido específico desta prece, segundo Lutero, é o recebermos o nosso pão com agradecimento e de reconhecermos Deus como sendo o doador das dádivas que recebemos. Este agradecer e este reconhecer Deus são o motivo pelo qual esta prece pelo pão está no Pai Nosso. E esta linha devemos observar em todas as considerações sobre o conteúdo destas palavras que formam a prece.

2. Por intermédio de exemplos bíblicos podemos lembrar â Comunidade que a questão do pão e da fome não são questões secundárias, mas perguntas que a Palavra de Deus aborda com muita seriedade. Estes exemplos do Antigo e do Novo Testamento nos podem trazer à memória que Deus conhece as necessidades do homem no que diz respeito á sua alimentação e ao seu sustento. Evita esta falsa visão de uma religião ou de uma fé simplesmente interessada em questões espirituais ou, então, de uma teologia angelical que desconhece o sofrimento humano.

Podemos citar, como exemplos da questão do pão, o cuidado do próprio Criador com o homem já no primeiro capítulo da Bíblia: ... Isso vos será de mantimento (Gn 1.29); a história do maná no deserto e das codornizes (Ex 16); a história do profeta Elias e a viúva de Sarepta bem como dos corvos que o sustentaram (1 Rs 17); ou ainda o SI 145 que fala de Deus como sendo o doador do alimento. Do Novo Testamento lembro especialmente a passagem que relata a ressurreição da filha de Jairo, quando Jesus não arranja um culto de agradecimento e nem mesmo manda cantar um hino de louvor, mas diz simplesmente: dai-lhe de comer (Lc 8.55) (Bohren, p.69). E, sem dúvida alguma, devemos citar a multiplicação dos pães, na qual Jesus dá o alimento necessário aos que não tinham comida. Todos estes exemplos retratam o cuidado de Deus — o cuidado de Jesus — para com aqueles que passavam fome. A expressão irônica de Bohren, lembrando que Jesus não mandou celebrar o culto de agradecimento pela ressurreição da filha de Jairo, mas que simplesmente lhe mandou dar comida, retrata a seriedade com que é abordado o problema da fome e da comida.

3. Lutero nos dá esta visão ampla do pão de cada dia e tudo que está relacionado a ele quando explica que o pão é tudo o que pertence ao sustento e às necessidades da vida. Pedindo pelo pão de cada dia nós pedimos por tudo de que necessitamos. Desde a comida e a bebida até o bom tempo e ainda os leais amigos e bons vizinhos — tudo faz parte da nossa prece pelo pão de cada dia. Um horizonte muito grande está diante de nós quando rogamos pelo pão. Nem a vida económica e política, nem a vida nos lares está fora deste horizonte. Quando falamos de reforma agrária e quando falamos da necessidade de uma política voltada para a questão da terra nós sabemos muito bem que estamos dentro do pensamento desta Quarta Petição do Pai Nosso.

4. Não pedimos pelo pão individual — o meu pão — mas pelo pão nosso, pelo pão de toda a humanidade. Considerando que dois terços da humanidade estão subnutridos e sabendo que a arma mais poderosa na política internacional é a arma do pão, nós temos diante de nós a verdadeira dimensão do pedido que apresentamos a Deus nesta prece e neste pedido pelo pão de toda a humanidade.

E quando nos conscientizamos de que é pelo pão nosso que estamos pedindo, temos que admitir a nossa responsabilidade para com todos os homens. Novamente podemos citar passagens e exemplos da própria Bíblia para nos conscientizarmos de que esta questão é vista em muitas passagens e em muitas situações. Lembramos a história de José e do sonho de Faraó das sete vacas gordas e das sete vacas magras; lembramos a indicação do livro de Isaías: repartas teu pão com o faminto (Is 58.7); bem como a história da primeira Comunidade, onde viúvas (At 6) recebiam a distribuição de pão.

Além destas e de muitas outras passagens bíblicas lembramos a passagem de Mateus 25.31-46, onde Jesus descreve o grande julgamento, afirmando que os critérios com que seremos julgados estarão no relacionamento com aqueles que ao nosso lado são carentes. Especialmente os vv. 35-36 e 42-43 destacam estes critérios do julgamento: Tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era forasteiro e me hospedastes; estava nu e me vestistes; enfermo e me visitastes, preso e fostes ver-me.

Excelente comentário para este aspecto de nossa responsabilidade para com todos os homens é o documento Nossa Responsabilidade Social, da IECLB, elaborado em 1975, e que deveria ser um primeiro passo na elaboração de um Guia Diacônico que até hoje ainda não surgiu. G. Voigt fez a seguinte colocação sobre esta Quarta Petição: Talvez Jesus, se falasse diretamente a nós hoje, acrescentaria à prece do pão o seguinte: 'assim como também nós repartimos o com os famintos (p. 246). Esta expressão descreve bem o sentido da responsabilidade que temos, quando pedimos pelo pão nosso.

5. O pão é o alimento essencial para o homem, não é nenhum luxo que pode ser dispensado e nenhuma regalia desnecessária. Desta forma é importante observar que aquilo que pedimos nesta prece é o que cada pessoa necessita para poder viver. Não estamos pedindo riquezas e nem exageros mas — no sentido de uma afirmação de Vicedom — entendemos que o homem não vive para comer, mas come para poder viver (p. 74). Assim como recebemos a vida de Deus, recebemos também de Deus o sustento desta vida, recebemos os alimentos. Dependemos de Deus para podermos viver. Isto é fundamental: para que o homem — ou a humanidade — possa viver é necessário que esteja nesta dependência de Deus e que reconheça esta dependência de Deus. Caso contrário — se o homem não necessitasse da comida — seria ele auto-suficiente e seu próprio Senhor.

6. Podemos acentuar que pedimos pelo pão e que não o tomamos por conta própria. Isto implica — quando assim rezamos — numa atitude bem definida. Reconhecemos que o pão, assim como tudo de que temos necessidade, pertence a Deus e dele o pedimos para nós. Quem pede assume uma atitude de humildade, quem toma por conta própria como se fosse o Senhor do pão e do alimento torna-se vaidoso e orgulhoso. O homem soberbo toma o seu pão como se pudesse dispor do mesmo como bem entendesse. Somente nesta atitude de humildade perante o doador do nosso alimento encontramos também a manai rã certa de comportar-nos diante dos demais e, em especial, diante daqueles que sofrem fome e que são carentes. O homem que sabe que recebe o seu sustento de Deus tem também uma antena ligada para o sofrimento alheio, para a situação daqueles que são por definição os saus irmãos.

7. Se de um lado existe o perigo de simplesmente espiritualizarmos a mensagem da Escritura e, neste sentido, até espiritualizarmos a prece pelo pão de cada dia como se apenas o pão celeste interessasse e fosse necessário, por outro lado também existe o perigo da materializarmos a Palavra de Deus. Somente se conseguirmos var o contexto de todo o Pai Nosso, tanto as três petições que antecedam a quarta como também as três últimas, nós permaneceremos no caminho apertado e atravessaremos a porta estreita que conduz para a vida. Não podemos entender o nome de Deus, o seu Reino e sua vontade como assuntos secundários ou vice-versa o pedido pelo pão como algo secundário.

Por este motivo deve haver referência na reflexão sobre o pão nosso ao pão da vida que é Jesus Cristo. A palavra citada por Jesus na história da tentação Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus (Mt 4.4) deve ser citada, já pelo fato de ser palavra conhecida dos frequentadores do culto e ouvintes da prédica. Podemos lembrar que rezamos o Pai Nosso na celebração da Santa Ceia e que neste Sacramento, quando rezamos pelo pão nosso, recebemos Jesus Cristo na forma do pão da Santa Ceia como ele a instituiu. Se é verdade que a palavra pão significa o nosso sustento e o necessário para a manutenção de nossa vida, é também verdade que Jesus usou justamente a imagem do pão para descrever a si mesmo, na afirmação: Eu sou o pão da vida, o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede (Jo 6.35). Entendo que a vida da qual Jesus fala (Jo 10.10), a vida em abundância, inclui a totalidade de tudo aquilo de que o homem necessita, tanto no sentido espiritual como material.

8. Se os homens terão no futuro pão suficiente para a vida vai depender de que um número suficiente de homens reconheça que o homem não vive só de pão, afirmou certa vez o teólogo H. Zahrnt e conseguiu, com isto, expressar a indissolubilidade dos aspectos sociais e espirituais ou dos dois reinos. Na reflexão sobre esta prece devemos enfocar com muita seriedade o aspecto material sem perder de vista os pedidos pelo nome, Reino e vontade de Deus, nem as nossas dividas, nossas tentações e nosso mal.

IV — Sugestão para a prédica

Este tema da Quarta Petição pode ser abordado de muitas maneiras; diversos também podem ser os enfoques. Entre as muitas possibilidades escolho e indico três que julgo de grande importância:

1. O pão: Deus é o Senhor da comida e do pão e o doador das dádivas de que necessitamos para a nossa vida. Ter o pão de cada dia pelo qual pedimos significa poder viver. A questão do pão de cada dia é abordada com muita seriedade na Bíblia, e nos é mostrado que Deus nos concede o pão e que nós agradecemos por ele.

2. Nosso: Rezando pelo pão de cada dia lembramos que não pedimos egoístícamente só para nós, mas que estamos intercedendo pelo pão de toda a humanidade. Pedir o pão para todos é atitude consequente somente quando também nos preocupamos com o pão de todos e trabalhamos neste sentido. Somos co-responsáveis pelo alimento dos filhos de Deus.

3. O pão da vida: A partir da Santa Cela cai um brilho muito especial sobre todo pão. Tão necessário como é o pão para a nossa subsistência também Jesus Cristo é necessário para a nossa vida. Somente nele e por intermédio dele conseguimos ver a dádiva de Deus e sabemos assumir responsabilidade para com o faminto.

V — Subsídios litúrgicos

1. Intróito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus (Mt 4.4).

2. Confusão dos pecados: Santo Deus, Pai Celeste; na tua presença e diante de tua face nós reconhecemos as nossas falhas e erros e confessamos • nossa culpa: olhamos para as dádivas e esquecemos que tu és o doador de nosso alimento, deixamos de agradecer pelo pão de cada dia e esquecemos aqueles que sofrem com a fome ao nosso lado. Humildemente rogamos por teu amor: perdoa a nossa ingratidão e a nossa cegueira, perdoa o nosso egoísmo e tem piedade de nós!

3. Anúncio da graça: Jesus Cristo diz: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede (Jo 6.35).

4. Oração de coleta: Todo-poderoso Deus, estamos reunidos como teus filhos na tua casa. Concede-nos a tua palavra para que possamos viver por intermédio dela e com ela. Dá que reconheçamos em ti nosso Pai celeste que dá o sustento a todas as suas criaturas e permite que saibamos fazer bom uso de tudo que recebemos de ti. Por intermédio de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador que contigo e com o Espirito Santo vive e reina eternamente! Amém.

5. Leitura: a multiplicação dos pães em Mc 8.1-10.

6. Assuntos para a intercessão na oração final: Sugiro como assuntos para a intercessão na oração final tudo o que está enumerado na explicação de Lutero da quarta prece; são assuntos conhecidos de todos e esta enumeração é muito abrangente.

VI — Bibliografia

BECKMANN, J. Meditação sobre Mateus 6.5-13. In: Hören und Fragen. Neukirchen, 1967.
BOHNE, G./GERDES, H. Unterrichtswerk zum Nenen Testament. Berlin, 1970.
BOHREN, R. Das Unser Vater Heute. 3.ed., Zürich/Stuttgart, 1963.
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CASPARI, H.J. Predigten über das Vater Unser. Nürnberg, 1898.
HARRINGTON, W. The gospel according to St. Luke. New York, 1967
HELBICH, H. — M. Geborgen in allen Ängsten. 4.ed., Berlin (s.d.).
IWAND, H J Meditação sobre Lucas 6.1-13. In.Predigtmeditationen. Goettingen, 1963.
KROEKER, J. Im Heiligtum des Vaterunsers. Metzingen 1951
LUTERO, M. Catecismo Maior. In: Livro de Concórdia. São Leopoldo/Porto Alegre, 1980.
LUTERO, M. Catecismo Menor. (São Leopoldo, 1980).
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THIELICKE, H. Das Gebet das die Welt umspannt. 11.ed., Stuttgart, 1963.
VICEDOM, G. F. Gebet für die Welt. München, 1965.
VOIGT, G. Meditação sobre Mateus 6.5-13. In: Die grosse Ernte. 2. ed., Stuttgart, 1976.

Proclamar Libertação – Suplemento 1
Editora Sinodal e Escola Superior de Teologia


Autor(a): Meinrad Piske
Âmbito: IECLB
Título da publicação: Proclamar Libertação / Editora: Editora Sinodal / Ano: 1982 / Volume: Suplemento 1
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Auxílio homilético
ID: 7303
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Ainda não somos o que devemos ser, mas em tal seremos transformados. Nem tudo já aconteceu e nem tudo já foi feito, mas está em andamento. A vida cristã não é o fim, mas o caminho. Ainda nem tudo está luzindo e brilhando, mas tudo está melhorando.
Martim Lutero
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